O leão comerá palha como o boi (Isaías 11:7). O que significa isso?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: Presbítero, o profeta Isaías profetiza algo que acho incrível. Ele fala sobre o leão, um ser carnívoro, pastando junto como o boi, que é herbívoro. Isso, eu sei, não seria possível nesta terra, devido à forma como as coisas são aqui. Mas aí fico confuso! Lá no céu é que os animais viverão juntos sem adversidade entre eles ou é uma linguagem cem por cento simbólica?

O texto de Isaías 11:7 está inserido em um contexto profético extraordinário: o anúncio do “Ramo de Jessé”, ou seja, do descendente de Jessé que viria para instaurar um reino completamente diferente do que Israel conheceu.

O capítulo começa com a promessa: “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo” (Isaías 11:1).

O reinado que surgiu de Davi, filho de Jessé, teve seu auge, mas fracassou ao se afastar da aliança com o Senhor. Mesmo diante desse fracasso humano, Deus prometeu que desse tronco “aparentemente morto” nasceria um broto (renovo) — um enviado de Deus para restaurar todas as coisas. 

Essa profecia aponta diretamente para Jesus Cristo, que iniciou essa restauração em Sua primeira vinda, mas cujo cumprimento pleno só se dará em Sua segunda vinda.

Isaías descreve esse tempo como um cenário de triunfo absoluto do Messias, com vitória sobre os inimigos, transformação total da humanidade e uma paz nunca antes vista. É nesse cenário que surge o verso que tanto intriga: 

“A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi” (Isaías 11:7).

Mas o que isso significa? Isaías está dizendo que no céu haverá animais? Ou teremos uma nova terra com animais transformados? Ou tudo não passa de linguagem simbólica para falar de paz entre as pessoas?

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Duas interpretações principais

Ao longo dos séculos, estudiosos e comentaristas têm apresentado principalmente duas linhas de interpretação para este texto.

  1. Interpretação simbólica

A primeira defende que tudo é figurado. Segundo essa visão, vacas (animais domésticos) e ursas (animais selvagens) pastando juntas simbolizam seres humanos que antes eram hostis uns aos outros, mas que foram transformados pela graça de Cristo e agora vivem em paz. 

O mesmo se aplicaria ao leão comendo palha junto ao boi — um retrato da transformação radical da natureza humana e do ambiente social sob o reinado do Messias.

Essa leitura é coerente com o contexto de transformação moral e espiritual que Isaías descreve. O profeta fala de um governante justo, cheio do Espírito Santo, que julgará com equidade e estabelecerá um reino de paz (Isaías 11:2-5).

  1. Interpretação literal e ampliada

No entanto, limitar o alcance do texto apenas a um símbolo da mudança humana pode reduzir a grandiosidade da revelação (por isso, essa aqui é minha interpretação favorita). É claro que Isaías fala, em primeiro lugar, da transformação espiritual e social que o Messias trará. Mas por que a natureza criada por Deus estaria excluída dessa restauração?

O apóstolo Paulo nos lembra de algo profundo em Romanos: “na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Romanos 8:21).

Aqui vemos que a criação — não apenas a humanidade — também participará da libertação e da restauração que Cristo trará.

Se Deus criou o mundo e o declarou “muito bom” (Gênesis 1:31), faria sentido descartá-lo completamente? Ou será que Ele planeja renová-lo, redimindo-o de todo efeito do pecado?

A nova criação e os animais

O livro de Apocalipse nos dá um vislumbre animador dessa renovação: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Apocalipse 21:1).

Aqui, João não descreve apenas o céu espiritual, mas uma realidade concreta: uma nova criação restaurada onde o mal não existe mais.

Nesse ambiente, o que Isaías descreve sobre a convivência pacífica entre animais pode muito bem (também) ser uma realidade literal — embora os detalhes práticos ainda estejam ocultos para nós.

Podemos imaginar, mas não definir com precisão. É como alguém que vai viajar para um lugar que nunca visitou: sabe que o destino é real e maravilhoso, mas só compreenderá totalmente ao chegar lá.

O equilíbrio entre as visões

Diante dessas duas interpretações, acredito que não precisamos escolher uma e descartar totalmente a outra. O texto pode ter, ao mesmo tempo:

  • Um significado espiritual e simbólico, mostrando que no Reino do Messias haverá reconciliação e transformação total entre povos e indivíduos antes inimigos.
  • Uma possível aplicação literal, na qual a própria criação será renovada e os animais viverão em harmonia, livres da violência e da corrupção introduzidas pelo pecado.

Essa leitura dupla respeita tanto o contexto de Isaías quanto a revelação mais ampla das Escrituras.

Conclusão

A profecia de Isaías 11:7 é parte de uma visão grandiosa do Reino de Cristo, iniciada na Sua primeira vinda e que será plenamente realizada em Sua segunda vinda.

Seja como símbolo de transformação humana, seja como anúncio de uma restauração literal da criação, o fato central é que este será um tempo de paz perfeita, justiça absoluta e reconciliação completa — algo que só o Messias pode realizar.

Enquanto aguardamos esse dia, podemos viver antecipando esses valores, deixando que o Príncipe da Paz transforme nosso coração e nossos relacionamentos, como um prenúncio do que está por vir.

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