No Velho Testamento não tem expulsão de demônios?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: Presbítero, no Novo Testamento temos várias ocasiões narradas de Jesus expulsando demônios. No entanto, nas narrativas do Velho Testamento, não temos esse tipo de relato. Isso era coisa somente dos tempos de Jesus ou existia também esse tipo de expulsão de espíritos imundos de alguma forma que não percebi nos textos?

Ao lermos a Bíblia com atenção, percebemos que o confronto entre o bem e o mal, entre o maligno e o os seres humanos, está presente desde os primeiros capítulos das Escrituras. 

No Antigo Testamento, já temos claras evidências da existência e atuação do Maligno. No Jardim do Éden, por exemplo, ele aparece usando a serpente, atuando como o grande tentador que leva Adão e Eva à queda.

Mais adiante, no livro de Jó, vemos o diabo agindo de maneira ainda mais clara, interagindo diretamente com Deus, questionando a fé de Jó: “Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus?” (Jó 1:9). 

Esses textos mostram que o Maligno sempre esteve ativo no mundo, ainda que suas ações nem sempre fossem descritas de forma detalhada ou com o mesmo tipo de foco que vemos no Novo Testamento.

Por outro lado, quando chegamos ao Novo Testamento, a presença de Jesus marca uma mudança drástica na forma como o enfrentamento espiritual acontece. 

As ações dos demônios e os exorcismos passam a ser narrados com frequência. Um exemplo marcante é o seguinte: “E, expelido o demônio, falou o mudo; e as multidões se admiravam, dizendo: Jamais se viu tal coisa em Israel!” (Mateus 9:33).

Isso levanta a pergunta: por que essa diferença entre os dois Testamentos? O que mudou com a vinda de Cristo? No Velho Testamento não havia mesmo “expulsão de demônios”?

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A atuação do maligno no Antigo Testamento

Embora o Antigo Testamento reconheça a presença de Satanás e de forças espirituais do mal, raramente vemos a descrição de possessões demoníacas ou de exorcismos. Isso não significa que tais manifestações não existissem, mas que o foco teológico e narrativo era outro. 

A ação divina, nessa fase da revelação, estava voltada mais para o coletivo: o povo de Israel, como nação, recebia juízos ou bênçãos conforme sua obediência ou rebeldia. Era uma abordagem mais ampla da justiça e do governo de Deus.

O episódio mais próximo de um exorcismo que encontramos no Antigo Testamento está relacionado ao rei Saul. Após o Espírito do Senhor ter-se retirado dele, um espírito maligno passou a atormentá-lo:

“Tendo-se retirado de Saul o Espírito do SENHOR, da parte deste um espírito maligno o atormentava” (1 Samuel 16:14).

Diante desse tormento, vemos Davi sendo chamado para tocar harpa a fim de aliviar o rei. E o relato prossegue: “E sucedia que, quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele” (1 Samuel 16:23).

Esse é um caso singular e mostra uma influência maligna sobre Saul, mas não há aqui um exorcismo nos moldes que vemos nos Evangelhos. Davi não repreende o espírito em nome de Deus, nem há uma confrontação direta. O espírito se retirava, mas retornava depois. Portanto, não há uma libertação definitiva, apenas um alívio temporário por meio da música.

A chegada do Reino de Deus e a nova abordagem

Essa ausência de exorcismos no Antigo Testamento pode ser explicada pelo estágio do plano redentor de Deus. O enfrentamento direto das trevas ganha nova ênfase com a chegada do Messias, inaugurando o Reino de Deus de maneira concreta na terra.

Podemos pontuar que existe uma revelação progressiva do Senhor. Deus não revelou todas as realidades espirituais de uma vez só! Portanto, a questão do maligno e sua atuação, recebe maior luz no tempo de Cristo, que trouxe mais explicações de como as coisas funcionam!

O próprio Jesus afirmou isso: “Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós” (Mateus 12:28).

Aqui está o ponto central: a vinda de Jesus não apenas trouxe libertação espiritual às pessoas, mas inaugurou uma nova fase da atuação divina no mundo. 

Agora, o foco é o indivíduo. Jesus vai ao encontro das dores pessoais, das enfermidades particulares, dos cativos espirituais. E com autoridade, liberta, cura, salva.

Isaías já havia profetizado esse tempo de libertação pessoal: “O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados” (Isaías 61:1).

Essa profecia se cumpre de maneira plena em Jesus. Ele proclama liberdade aos cativos espirituais e rompe as cadeias do diabo de maneira nunca vista antes. 

É por isso que os evangelhos estão repletos de confrontos entre Jesus e os demônios — o Reino de Deus havia chegado e isso gerou um verdadeiro choque de reinos espirituais.

Conclusão: uma mudança na abordagem, não na realidade espiritual

Em resumo, o que vemos é uma diferença de enfoque entre o Antigo e o Novo Testamento. O Mal sempre existiu e atuou, mas na antiga aliança Deus lidava com o problema do pecado e do mal de forma mais coletiva, muitas vezes aplicando juízos globais. 

Já na nova aliança, com Jesus em cena, vemos um novo momento: o confronto direto com o diabo se intensifica, os casos de possessão demoníaca são expostos, e o poder do Messias se manifesta em expulsões, curas e libertações individuais.

A presença de Cristo trouxe à luz de forma mais explícita aquilo que antes estava mais velado. O mesmo mundo espiritual continua existindo, mas agora, sob a autoridade de Jesus, o Reino de Deus irrompe com poder para confrontar e vencer as forças do mal no nível pessoal e direto.

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