O que é a sinagoga de Satanás? Os judeus cultuavam o diabo?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta | Imprimir
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Você pergunta: Estou estudando o livro de Apocalipse e logo no início das sete cartas às sete igrejas me chamou a atenção a menção da existência da sinagoga de Satanás ali naquele lugar. O que seria essa sinagoga? Era algum templo em que se adorava ao diabo? Poderia nos esclarecer essa questão?

Caro leitor, Apocalipse é sempre um livro desafiador de se interpretar, pois exige que façamos muitos “links” entre as histórias e significados de questões citadas na Bíblia e também, em alguns momentos, fatos históricos ocorridos nas épocas mencionadas. Vamos juntos entender tudo isso agora de forma simples.

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Sinagoga de Satanás: Era um templo de adoração ao diabo?

(1) Antes de compreendermos toda essa questão, precisamos rapidamente relembrar o que é uma sinagoga. As sinagogas era casas de orações onde judeus adoravam a Deus e estudavam as escrituras fora do templo principal.

Elas apareceram provavelmente quando o povo judeu foi levado como escravo na época do cativeiro descrito em 2 Reis. Elas facilitaram o culto longe do local de culto “oficial”, que era centralizado no templo.

Elas se espalharam muito rápido e foram muito usadas pelos primeiros cristãos para disseminar a mensagem do nascimento do Messias e também seu modelo simples e dinâmico foi muito usado como formato das reuniões dos primeiros grupos de cristãos.

(2) Nós temos apenas dois textos na Bíblia que mencionam a expressão “sinagoga de Satanás”, que são Apocalipse 3:9 e Apocalipse 2:9: “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico ) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás”.

A primeira coisa a esclarecer aqui é que essa expressão não significa que essas casas de oração eram locais de culto ao diabo. Antes, ela tem um sentido mais figurado que vai descrever as atitudes dos judeus dessas localidades conforme veremos abaixo.

Sinagoga de Satanás em Esmirna

(3) Em Apocalipse 2:9 fica muito claro que nessa época em que foi escrito esse texto existia uma grandiosa oposição entre os judeus e os cristãos.

E isso ocorria pelo fato dos cristãos pregarem que o Messias prometido no Antigo Testamento era Jesus Cristo e os judeus não o reconhecer como sendo o Messias.

Isso gerou muita perseguição aos cristãos (que eram um grupo bem menor e espalhado naquele momento).

Dessa forma, esse grupo de judeus que viviam na cidade de Esmirna e que fazia parte da sinagoga judaica naquele lugar, por causa dessa grande e terrível oposição que promoviam contra os cristãos, foram chamados de “sinagoga de Satanás”, isso porque estavam a serviço das trevas e não de Deus.

Sinagoga de Satanás em Filadélfia

(4) Podemos observar no texto da carta à igreja de Filadélfia que lá também tinha esse tipo de sinagoga que perseguia os cristãos ferozmente, de forma satânica realmente, o que fez com que Deus profetizasse a derrota daqueles que faziam parte desse grupo, que de forma hipócrita, achava que cultuava a Deus, mas estavam agindo dirigidos pelo diabo:

“Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei” (Apocalipse 3:9).

Toda sinagoga é de Satanás?

(5) Esses dois textos de Apocalipse não podem nos levar a pensar que todo judeu era endemoninhado e que toda sinagoga era do mal. Nós temos nessa época do surgimento da igreja de Cristo pelo menos três tipos de judeus:

a) Judeus cegos, hipócritas e perseguidores: São esses que citamos e que promoviam perseguição aos cristãos e que foram identificados como sinagoga de Satanás.

Eles rejeitaram Jesus e agiam com hipocrisia, fechando os olhos para uma análise correta da lei sobre o Messias (Paulo fez parte desse grupo antes da sua conversão em Atos 9).

b) Judeus que estavam tentando entender a ação de Deus: Esses eram judeus que não perseguiam, mas que ainda estavam tentando digerir o que Deus havia feito, as mudanças, o envio do Messias.

Eles estavam em um período de transição, muitas vezes confusos ainda, mas tinham um coração na presença de Deus, por isso, não podemos confundi-los com o primeiro grupo.

c) Judeus cristãos: Esses abraçaram Jesus de todo o coração. Mas ainda tinham alguns conflitos porque estavam muito acostumados com as leis do Antigo Testamento.

Mas se ajuntaram com os cristãos já convertidos para seguirem a Jesus e aprenderem essa nova fase das revelações de Deus (Veja, por exemplo, conflitos descritos em Atos 15).

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