Desisti das coisas de menino: O que Paulo quis dizer? É literal ou figurado?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta | Imprimir
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Você pergunta: Na carta de Paulo aos coríntios ele diz em um dos trechos que ele fazia coisas de menino, mas que quando cresceu ele desistiu das coisas próprias de menino. Eu gostaria de saber se ele está falando da infância dele ou se isso é alguma figura de linguagem com algum outro significado. O que seria essas coisas de menino?

Cara leitora, a Bíblia de fato usa muitas figuras de linguagem, que são recursos da língua que nos ajudam a compreender com profundidade diversos assuntos.

Para saber se algo é uma figura ou algo literal, na maioria das vezes uma análise do contexto nos indicará isso. Vem comigo, iremos analisar juntos as coisas de menino do apóstolo Paulo.

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O que são as coisas próprias de menino que Paulo citou?

(1) Comecemos nossa análise observando o texto completo onde Paulo fala sobre isso: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino” (1 Coríntios 13:11).

A pergunta que fica é: por que Paulo está falando, aparentemente, sobre as coisas da sua infância, coisas essas que passaram quando ele ficou adulto? Será que ele está usando uma comparação (figura)?

(2) No presente contexto Paulo está ensinando sobre a excelência do amor. Paulo fala da grandeza do amor, da importância de ele estar envolvido em tudo que fizermos (1 Coríntios 13:1-3).

Paulo também lembra de características do amor, como ser paciente, benigno, sem ciúmes, sem orgulho etc. (1 Coríntios 13:4-7).

Depois Paulo passa a mostrar a eternidade do amor comparando-o com outros frutos e dons. Mesmo as profecias, os dons diversos que Deus dá, o conhecimento que temos do Senhor, tudo isso tem em si certa imperfeição no “agora”, pois somos imperfeitos.

As coisas como as conhecemos agora acabarão um dia, mas não o amor (1 Coríntios 13:8).

(3) Neste trecho seguinte temos de ter atenção: “Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado” (1 Coríntios 13:10).

Alguns pensam que “o que é perfeito” citado por Paulo seja a conclusão da Bíblia, ou seja, de todos os livros da Bíblia. No entanto, parece se harmonizar mais com o contexto que Paulo esteja falando da segunda vinda de Cristo.

Quando Cristo voltar (e implementar de forma plena o Seu reino) não precisaremos mais dos nossos dons espirituais, nem de qualquer outra coisa relacionada a esse mundo como o conhecemos (somente o amor).

Viveremos uma nova realidade, perfeita na presença de Deus. E é aqui que entra as coisas de menino que Paulo citou…

(4) Paulo, para mostrar essa nova realidade do que é “perfeito”, usa uma figura de comparação. Quando ele diz “menino”, usa a palavra grega “nepios”, que indica uma criança bem pequena.

Temos aqui uma metáfora onde Ele está dizendo que assim como uma criança bem pequena não sabe praticamente nada da vida, do mundo, das coisas ao seu redor, assim também nós, ainda temos uma visão muito pequena do que são as coisas, até que venha o que é perfeito (o reino de Deus em toda a sua plenitude com a volta de Cristo).

Sendo assim, na comparação de Paulo, quando diz “cheguei a ser homem” traz a ideia da chegada ao que é perfeito. Está ligado ao encontro com Cristo no final da vida de uma pessoa (quando ela morre e vai para o céu) ou na segunda vinda do Senhor (quando também os salvos estarão plenamente em Sua presença).

Resumindo: coisas de menino são as coisas que vivemos nessa terra, ainda imperfeitas. Coisas de homem são as coisas que viveremos na plenitude do reino de Deus, amadurecidos na presença viva do Senhor!

(5) Na sequência ele finaliza esse pensamento quando diz: “Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido” (1 Coríntios 13:12).

Os espelhos da época de Paulo não eram como os nossos. Geralmente eram em metal polido, não mostrava em detalhes precisos o reflexo da pessoa.

Então, a nossa vida nessa terra se assemelha à vida de crianças que ainda não conhecem bem a totalidade das coisas. Mas quando chegarmos à plenitude de tudo na presença de Deus, então, seremos como adultos que têm um maior conhecimento das coisas do Senhor! Glória a Deus! 

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