Parábola do administrador desonesto explicada versículo por versículo

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você pergunta: Presbítero, na parábola do administrador desonesto, temos ali um senhor que elogia o fato do homem desonesto ser tão esperto. Não consegui compreender isso. Jesus está apoiando esse tipo de desonestidade? Sinceramente, não consegui compreender muito bem os ensinos que Jesus quis passar através dessa parábola. Pode fazer um estudo igual aquele das 10 virgens, explicando versículo por versículo?

Nessa parábola, um homem rico tinha um administrador que foi denunciado devido às suas ações de corrupção na administração dos bens de seu patrão. 

Diante da denúncia, o patrão rico chama o administrador para prestar esclarecimentos. As denúncias parecem tão graves que o patrão não mais tem confiança nos trabalhos do administrador. 

O administrador, descoberto em suas corrupções, longe de assumir seu erro, trama uma estratégia corrupta para que, depois da demissão, tivesse apoio e fosse recebido de forma positiva pelas pessoas com quem fazia negócios. 

A estratégia consistia em chamar aqueles que deviam ao patrão e abater parte da dívida indevidamente. Claro, aqueles que foram beneficiados com esse corte, certamente ficariam felizes com esse administrador, o que poderia resultar em benefícios futuros para ele.

E assim fez com os devedores, diminuindo a dívida deles para alcançar simpatia e auferir alguma vantagem. 

Na sequência, encontramos um elogio surpreendente do patrão ao administrador desonesto: “E elogiou o senhor o administrador infiel porque se houvera atiladamente, porque os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz” (Lucas 16:8). 

Por que Jesus usou essa parábola para ensinar? O que ele tinha em mente? Vamos estudar versículo por versículo e descobrir!

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Parábola do administrador desonesto – Explicação verso por verso

Lucas 16:1 – O Administrador desonesto é denunciado

“Disse Jesus também aos discípulos: Havia um homem rico que tinha um administrador; e este lhe foi denunciado como quem estava a defraudar os seus bens” (Lucas 16:1).

 A parábola começa apresentando a relação entre dono e empregado. Um homem rico possuía muitos bens, mas não podia administrar tudo sozinho, razão pela qual confiava a gestão de seus negócios a um administrador. 

O fato de o administrador ter sido denunciado indica que sua corrupção era notória, e a confiança inicial do patrão foi quebrada. Fica muito claro que a situação é grave e que o administrador não poderia continuar em seu cargo sem prestar contas.

Lucas 16:2 – O chamado à prestação de contas

“Então o chamou e disse-lhe: Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes mais continuar nela” (Lucas 16:2).

Aqui, vemos que as notícias sobre o administrador chegaram com força ao patrão. A decisão de demitir é imediata, e o chamado à prestação de contas demonstra a seriedade da acusação.

Jesus destaca que, no reino humano, a corrupção sempre traz consequências e a justiça precisa ser aplicada. Mas, nesse meio termo até a aplicação da justiça, muitas coisas acontecem!

Lucas 16:3 – O Administrador reflete sobre seu futuro

“Disse o administrador consigo mesmo: Que farei, pois o meu senhor me tira a administração? Trabalhar na terra não posso; também de mendigar tenho vergonha” (Lucas 16:3).

O administrador não está preocupado com arrependimento ou justiça, mas com seu padrão de vida. Trabalhar na terra no serviço braçal ou mendigar seria humilhante para ele em sua visão. Ele sequer cogita fazer essas coisas!

Jesus, ao relatar esse pensamento, mostra a frieza e o egoísmo humano diante do erro, evidenciando que a motivação do homem era interesse próprio e sobrevivência social, não correção moral e arrependimento diante dos erros.

Lucas 16:4 – A ideia do administrador

“Eu sei o que farei, para que, quando for demitido da administração, me recebam em suas casas” (Lucas 16:4).

O administrador elabora um plano para garantir apoio futuro, depois que fosse demitido, demonstrando inteligência estratégica, mas aplicada de forma corrupta. 

Jesus apresenta aqui a astúcia humana: mesmo diante do erro, muitas pessoas buscam maneiras de se beneficiar sem arrependimento. 

O ensino para os filhos da luz é claro: observar a esperteza mundana, capaz de realizar muitas coisas de forma criativa, mas agir de forma justa e correta. Os filhos da luz não devem se igualar na imoralidade, pois devem ser éticos e justos!

Lucas 16:5 – Chamando os devedores

“Tendo chamado cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu patrão?” (Lucas 16:5).

A ação é precisa e sigilosa para que não fosse facilmente descoberta. O administrador não age de forma impulsiva; ele trata cada caso individualmente, garantindo que sua estratégia seja eficaz.

A narrativa mostra como a inteligência humana pode ser usada de forma organizada, ainda que para fins incorretos. Agora, pense comigo: Imagine se esse administrador usasse toda sua inteligência para fins proveitosos?

Lucas 16:6 – Redução da dívida de azeite

“Respondeu ele: Cem cados de azeite. Então, disse: Toma a tua conta, assenta-te depressa e escreve cinquenta” (Lucas 16:6).

A dívida deste era de 100 cados de azeite, equivalente a mais ou menos 3400 litros de azeite, é reduzida pela metade. Este ato evidencia a capacidade do administrador em manipular situações para benefício próprio.

Chama a atenção o fato de que os devedores não questionam tal diminuição da dívida. Será que eles eram tão corruptos quanto o administrador, ou este usou mentiras em nome do dono para enganá-los? Não sabemos ao certo.

Jesus ilustra que os filhos do mundo são astutos na obtenção de vantagens, mas isso fazem, muitas vezes, por meios incorretos. 

Lucas 16:7 – Redução da dívida de trigo

“Depois, perguntou a outro: Tu, quanto deves? Respondeu ele: Cem coros de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta” (Lucas 16:7).

Novamente, o administrador reduz a dívida e garante simpatia dos devedores. 1 coro, segundo o Léxico Hebraico de Strong, equivale de 350 a 400L. A dívida era de 100 coros! Era bastante coisa!

O exemplo mostra planejamento e ousadia, características valorizadas, mas que precisam ser aplicadas de maneira justa e honesta pelos filhos da luz. O ensino é: a sagacidade deve ser usada para o bem, não para a corrupção.

Lucas 16:8 – O Elogio surpreendente

“E elogiou o senhor o administrador infiel porque se houvera atiladamente, porque os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz” (Lucas 16:8).

Agora vem a parte mais chocante da parábola. Esse senhor rico ficou em um entrave: certamente os contratos firmados pelo administrador desonesto demonstravam que ele (o senhor rico) cobrava juros abusivos, o que era proibido pela lei de Moisés. 

Porém, é possível que o senhor rico não soubesse da conduta corrupta de seu funcionário até aquele momento. Sendo assim, só lhe restou elogiar o funcionário diante da situação, para que ambos não ficassem em maus lençóis. 

Quando se diz que ele agiu atiladamente, significa “prudentemente, sabiamente”; aqui, a intenção não é apoiar a corrupção, mas destacar que o administrador foi muito esperto e ardiloso. 

O elogio ocorre não porque o patrão concordasse com a corrupção, mas porque não podia negar a esperteza do administrador. Como se diz, o administrador deu um “xeque-mate” no patrão!

Esse elogio ainda traz um ensino adicional: “… porque os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz” (Lucas 16:8). 

Jesus mostra aqui que os mundanos usam os recursos que têm em mãos de forma ousada e criativa, ainda que para fins incorretos. Os servos de Deus, muitas vezes, são tímidos em usar os recursos que Deus lhes deu para fazer o que é correto. 

Nesse sentido — e apenas nesse — os filhos da luz deveriam observar esse tipo de inteligência dos filhos do mundo e também usar os recursos que Deus lhes dá, mas, claro, de forma santa e correta, pois são filhos da luz.

Lucas 16:9 – Aplicação dos recursos para o bem

“E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos” (Lucas 16:9).

Para entender esse verso, temos que compreender que o administrador desonesto tinha em mente que as pessoas que ele ajudou — ou seja, aquelas cujas dívidas ele diminuiu — tinham uma “dívida” com ele, estando, portanto, prontas a ajudá-lo quando precisasse. 

A recomendação de Jesus é que os filhos da luz aprendam a usar os recursos deste mundo, não de maneira egoísta, mas para “fazer amigos”. 

Trata-se de uma aplicação sábia dos recursos, assim como o administrador infiel foi sábio nesse sentido específico. Os recursos pertencem a um mundo caído (iníquo), mas devem ser usados para fazer o bem, pois tudo é de Deus! 

Os amigos citados parecem ser pessoas necessitadas, o que aponta para a ação social dos filhos da luz. Quando as riquezas faltarem, isso indica a morte, o fim da vida; ou seja, quando o dinheiro não tiver mais qualquer utilidade, os frutos permanecerão. 

Isso está em acordo com o ensino de Cristo sobre acumular riquezas nos céus (Mateus 6:20). Ser generoso na aplicação de recursos é uma boa obra que os filhos da luz devem cultivar em suas vidas, fazendo isso de forma ousada. 

O administrador infiel foi ousado para a corrupção; os filhos da luz devem ser ousados para fazer o bem. Como resultado, terão tesouros eternos, e as pessoas abençoadas por eles estarão na presença de Deus — que é o significado possível do trecho “esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos”.

Isso nos remete ao exemplo de Pedro e João em Atos 3:6, quando, mesmo sem ter dinheiro para dar ao homem coxo, foram ousados na aplicação do que tinham em mãos: 

“Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (Atos 3:6).

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