Por que Davi não foi morto se a lei tinha pena de morte aos adúlteros?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: Presbítero, a história do rei Davi me intriga muito em um ponto: se na Lei de Moisés a pessoa que cometeu adultério deveria ser morta, isso está na lei, por que o rei Davi não foi morto devido seu adultério com Bate-Seba e ainda foi considerado um homem segundo o coração de Deus? Isso causa muita contradição em minha cabeça!

A história do erro grave e impressionante do rei Davi é uma das mais conhecidas da Bíblia devido a tudo que ela gerou na vida do rei Davi e até na monarquia de Israel!

O grande rei Davi, interessando-se pela esposa de um soldado (a jovem Bate-Seba), mesmo sendo alertado, deita-se com ela e, após isso, ainda faz um plano para matar esse fiel soldado chamado Urias. 

Além disso, Davi esconde o erro o máximo possível, até ser confrontado duramente pelo profeta Natã:

“Por que, pois, desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o que era mal perante ele? A Urias, o heteu, feriste à espada; e a sua mulher tomaste por mulher, depois de o matar com a espada dos filhos de Amom” (2 Samuel 12:9).

Esse confronto gerou um arrependimento sincero de Davi. Por mais que possamos desconfiar do arrependimento de Davi, pois ele só aconteceu depois de ele ser confrontado, ele foi considerado sincero pelo Senhor que, inclusive, declarou perdão a ele:

“Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. Disse Natã a Davi: Também o SENHOR te perdoou o teu pecado; não morrerás” (2 Samuel 12:13).

A questão que fica pendente é: por que Davi não foi executado como mandava a Lei de Moisés, que ordenava que os adúlteros fossem mortos? Veja como está na Lei:

“Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera” (Levítico 20:10).

Vamos refletir agora sobre alguns pontos fundamentais nessa questão…

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Por que Davi não foi morto como mandava a Lei de Moisés?

A Bíblia não dá uma explicação objetiva e direta sobre o motivo de Davi não ter sido executado, conforme mandava a Lei de Moisés. 

O texto apenas conta a história de forma descritiva, mas não nos explica isso diretamente. Porém, conseguimos, através dessa descrição, entender com boa precisão os motivos de Davi não ter sido morto como penalidade por ter infringido a lei sobre adultério e também sobre assassinato!

Deus como Legislador e Juiz: hipótese do perdão que extingue a pena?

A Lei de Moisés estabelecia penalidades severas, e o mandamento sobre adultério previa morte para adúltero e adúltera. 

No entanto, Deus é também o Legislador e o Juiz soberano, que está acima da Lei: “Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo?” (Tiago 4:12).

Isso sugere que Ele, como autor da Lei, tem prerrogativa para conceder exceções pontuais segundo seus planos e sua justiça. Há exemplos bíblicos em que Deus, embora existisse uma regra geral, concedeu exceções específicas:

Enoque: Embora a morte fosse a penalidade universal pelo pecado, todos estarem destinados a morrerem fisicamente, Deus poupou Enoque dessa morte, por propósito específico de sua vontade:

“Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si.” (Gênesis 5:24).

Elias: Com Elias acontece algo parecido. Deus quis que ele não morresse: “Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.” (2 Reis 2:11).

Esses casos mostram que, sem anular a regra geral (todas as pessoas continuaram sujeitas à morte ou a penalidades conforme a Lei), Deus pode agir de forma direta para excepcionar, quando julgar apropriado. 

Assim, pode-se pensar que Deus, tendo concedido perdão a Davi de forma direta e declarado que ele “não morreria” por aquele pecado, o Senhor, em Sua autoridade, extinguiu a pena capital que seria aplicada sobre Davi.

Essa abordagem não invalida a Lei geral, mas mostra que o Soberano pode, em casos específicos, perdoar e eximir da pena estabelecida. Mas verifique no contexto que houveram penalidades! O que não houve foi a penalidade da morte.

Hipótese das autoridades terrenas e receio de aplicar a Lei contra o rei?

Outra hipótese é a possibilidade de que, mesmo havendo base legal, nenhuma autoridade estabelecida abaixo do rei teria coragem ou condição de executar o rei. 

A Lei existia, e Davi tinha confessado publicamente o pecado após a repreensão de Natã, portanto, o povo poderia saber o que ele fez. Contudo, qual líder se disporia a iniciar um processo de execução contra o ungido rei de Israel?

Naturalmente, o profeta Natã foi o primeiro a confrontá-lo, mas Natã já lhe comunicou a mensagem do Senhor, que era de perdão: “Também o SENHOR te perdoou o teu pecado; não morrerás” (2 Samuel 12:13).

Se Deus declarou isso, nenhum levita, ancião ou outro integrante da liderança poderia contrariar a vontade expressa do Senhor.

Portanto, essa hipótese existe, mas perde força ao se considerar que a motivação principal não foi apenas o receio humano de alguém tentar punir o rei: foi a declaração de Deus de perdão e de isenção da pena a Davi.

Consequências sociais e disciplina posterior a Davi

Embora Davi não tenha morrido fisicamente pela execução da Lei de Moisés, ele sofreu outras consequências:

O filho gerado de Bate-Seba morreu (2 Samuel 12:14-18), mostrando que o pecado trouxe juízo e dor.

Houve turbulências familiares e nacionais após o incidente (rebelião de Absalão e outros conflitos), demonstrando que o perdão não eliminou inteiramente o impacto do pecado na família de Davi. Davi gerou maus exemplos aos filhos!

Isso mostra um equilíbrio: a pena de morte literal não se aplicou, mas as consequências naturais e disciplinares (individual e coletiva) continuaram a ocorrer, servindo de advertência.

Portanto, o texto parece indicar que Deus assumiu diretamente o julgamento de Davi e não quis que lhe fosse aplicada a pena de morte. Outras consequências aconteceram, mas Davi foi livrado da morte por Deus, que tem o poder de gerar exceções às suas próprias regras!

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