O crente pode participar de festas juninas em quermesses, na escola, na sua rua, em clubes?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta | Imprimir
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Você Pergunta: Sempre que chega essa época do ano tem grandes discussões na minha família sobre se o crente pode participar de festas juninas. Eu faço uma festa na minha casa, mas sem nenhum elemento religioso. Faço apenas para aproveitar o friozinho e comermos algumas comidas da época, mas alguns parentes que são crentes também, dizem que estou pecando e cometendo idolatria. O que eles me dizem está correto?

Cara leitora, sempre que chega essa época do ano (junho/julho) muitos crentes ficam com a pulga atrás da orelha com relação às famosas festas juninas.

Posso ou não posso participar? Estarei cultuando santos se participar? Estarei cometendo algum pecado participando desse tipo de festa?

Na escola de meu filho vai ter festa junina, posso deixá-lo participar? Na minha rua o pessoal está organizando uma festa junina, devo contribuir e estar em meio a eles?

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Crente pode participar de festa junina?

(1) É certo que a festa junina é tradicionalmente usada pelos católicos (e simpatizantes) para a comemoração do nascimento de João Batista segundo a tradição, que nasceu 6 meses antes de Jesus Cristo.

Nas festas juninas religiosas existe o uso de diversos elementos (fogos de artifício, bandeiras de santos, fogueira, quadrilha, comidas típicas, etc.), cada um com seu significado na festa.

Não vou entrar em detalhes sobre a origem de cada elemento e nem de seus significados dentro da tradição religiosa, pois já são bem conhecidos de todos.

(2) É fato também que a festa junina ganhou em nosso país um status muito maior do que uma simples festa religiosa.

Vemos diversas festas juninas sem qualquer cunho religioso, são apenas festas como outra qualquer que se aproveitam da época do ano mais fria e de outros elementos em abundância na culinária para criar uma oportunidade de diversão social.

Exemplos claros disso são as festas juninas em escolas, em ruas, em associações de moradores, em restaurantes, em clubes que organizam festas juninas sem qualquer ligação com a tradição religiosa ou mesmo com um espaço religioso. Esse tipo de festa é apenas com cunho social ou até mesmo econômico com o objetivo de faturar.

As duas vertentes das festas juninas

(3) A primeira são as festas juninas de cunho religioso, onde tudo é pensado focando a tradição e os seus objetivos de adoração aos santos e outros objetivos religiosos.

Desse tipo de festa junina o cristão faz bem em manter distância, pois ela tem objetivo claramente idólatra, que não condiz com a fé bíblica reformada.

Todos os elementos desse tipo de festa são focados no culto idólatra e, por isso, o crente não deve participar.

Na Bíblia vemos algo parecido quando Paulo orienta que os crentes não devem participar de celebrações onde os ídolos são cultuados, pois isso se enquadra no pecado de idolatria (1 Coríntios 10:19-23).

(4) A segunda são as festas juninas sem qualquer cunho religioso e que, inclusive, são feitas fora de ambientes religiosos ou controlados por religiosos.

Um exemplo clássico desse tipo de festa são as realizadas, por exemplo, por escolas. Não há qualquer reza, nem imagens sacras, nem qualquer elemento de culto e para culto. Nesse sentido, qual seria o problema em se participar desse tipo de festa?

Se não existe qualquer culto a elementos estranhos à Bíblia, se não há nada que configure idolatria, qual seria o pecado? Creio que nenhum! Seria o mesmo que estar em uma festa qualquer que frequentamos em outras épocas e ocasiões do ano.

(5) Porém, alguns argumentam que nessas festas não existe o fator religioso, mas as comidas típicas estão lá, logo, de alguma forma estamos pecando em comer esse tipo de comida que pode ter sido consagrada aos ídolos para serem usadas nessa época do ano.

Sobre essa questão, penso que toda comida em última instância vem da mão de Deus. Dentro do ambiente de culto idólatra elas podem até ser comidas sacrificadas a ídolos, fora dele são apenas comidas comuns, não tem nenhum poder contra o crente e nem representa qualquer símbolo de culto.

Paulo disse em uma situação semelhante com relação ao consumo de carne que podia ter sido sacrificada a ídolos:

“Comei de tudo o que se vende no mercado, sem nada perguntardes por motivo de consciência; porque do Senhor é a terra e a sua plenitude.” (1 Coríntios 10:25-26). Ou seja, tudo vem de Deus e nada é impuro para os puros (Tito 1.15).

(6) A única ressalva que encontro na Palavra de Deus que pode fazer um crente repensar sua postura com relação a participar ou não de uma festa junina (fora dos ambientes de culto, conforme exemplifiquei no item 4) é sobre o causar escândalo para pessoas fracas na fé (1 Coríntios 10:27-33).

Paulo orienta que não sejamos pedra de tropeço para ninguém e que abramos mão desse nosso “direito de liberdade” para que outros não venham a confundir-se com nossa atitude, se for o caso.

(7) Assim, fica claro que, biblicamente, estamos proibidos de participar de cultos idólatras. Mas podemos participar de ocasiões fora do ambiente e propósito desse tipo de culto, com a ressalva de que avaliemos bem e com base no amor escolhamos não participar, se for o caso, para não causar controvérsia e escândalo perante o mais fraco na fé.

Não havendo esse elemento que nos impeça, podemos participar sem qualquer problema, sem qualquer pecado de nossa parte.

(8) Uma regra pessoal que uso para definir esse tipo de situação é a seguinte: Se participar da festa não vai ferir nenhum principio bíblico e eu estou certo disso, escolho ir.

Porém, se alguma dúvida persistir em meu coração, se as coisas não estiverem muito claras para mim, sigo essa prescrição de Paulo:

“Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado.” (Romanos 14:23).

Na dúvida prefiro não participar, pois a dúvida é uma evidência de que meu coração não está plenamente certo sobre aquilo e eu poderei pecar agindo assim.

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