Estudar muito é enfado da carne (Eclesiastes 12:12). Salomão era contra o estudo?

Postado por Presbítero André Sanchez, em Sem categoria |
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Você Pergunta: Presbítero, em Eclesiastes 12:12, Salomão diz que o muito estudar é enfado da carne. Esse verso parece trazer uma visão um pouco negativa dos estudos. Porém, sempre ouvi falar sobre a importância de estudar, tanto na parte secular, para ter uma boa profissão, quanto de estudar o mais profundamente possível a Palavra de Deus! Como posso entender essa fala de Salomão?

Uma técnica muito interessante para compreender um determinado texto, especialmente quando ele parece polêmico, é entender primeiro o que ele não quer dizer

Esse princípio é essencial ao analisarmos Eclesiastes 12:12, onde lemos: “Demais, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne” (Eclesiastes 12:12). 

À primeira vista, parece que Salomão está desestimulando o estudo, o que causa certa confusão, especialmente quando sabemos o quanto a Bíblia valoriza a sabedoria e o conhecimento.

Porém, ao observarmos a vida e a própria trajetória de Salomão, percebemos que ele não era uma pessoa contrária ao estudo. Pelo contrário, foi um homem de grande sabedoria e profunda dedicação ao conhecimento. A Bíblia diz sobre ele: 

“Compôs três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco. Discorreu sobre todas as plantas, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que brota do muro; também falou dos animais e das aves, dos répteis e dos peixes” (1 Reis 4:32-33).

Portanto, não há como pensar que Salomão via o estudo como algo negativo. Ele mesmo era um estudioso em diversas áreas do conhecimento, tanto do mundo natural quanto da sabedoria espiritual.

Isso nos mostra que, ao dizer que “o muito estudar é enfado da carne”, Salomão não estava condenando o estudo, mas apontando para outro tipo de problema, que iremos desvendar na sequência deste estudo!

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O contexto do ensinamento de Salomão sobre estudar é enfado da carne

Para compreender o que Salomão realmente quis dizer, precisamos observar o contexto. O versículo anterior traz uma chave que vai abrir nosso entendimento: 

“As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem fixados as sentenças coligidas, dadas pelo único Pastor” (Eclesiastes 12:11).

Aqui, ele reconhece que existem palavras de sabedoria que vêm do “único Pastor”, uma referência clara a Deus. Essas palavras são como pregos bem firmados, ou seja, são verdades estáveis e confiáveis que servem de guia para a vida. 

O contraste se forma quando ele menciona, no versículo seguinte, que “não há limite para fazer livros”. Ou seja, há uma quantidade praticamente infinita de conteúdos e ideias sendo produzidas, mas nem todas procedem de Deus ou contêm sabedoria verdadeira.

Salomão está fazendo uma distinção importante entre o estudo das palavras inspiradas por Deus e o estudo sem propósito espiritual, que muitas vezes é movido apenas pela curiosidade humana ou pela busca de um tipo de status intelectual. O primeiro edifica, o segundo cansa e esgota.

O perigo de buscar conhecimento sem propósito espiritual

O problema que Salomão aponta é o esgotamento físico e mental que vem de uma busca incessante por conhecimento sem direção. 

Vivemos em um mundo onde a informação é ilimitada. Todos os dias são produzidos milhões de livros, artigos, vídeos e teorias sobre todos os assuntos imagináveis. Se tentarmos acompanhar tudo, rapidamente seremos consumidos pela fadiga e pela confusão mental.

Se isso já era uma questão problemática na época de Salomão, imagine na nossa!

Esse é o ponto de Salomão: o ser humano é limitado. Não temos tempo, energia nem capacidade para absorver tudo o que é produzido. Por isso, ele aconselha: 

“Demais, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne” (Eclesiastes 12:12). 

A advertência não é contra o ato de estudar, mas contra o excesso e a falta de discernimento e priorização.

Em outras palavras, o estudo sem propósito e sem foco espiritual se torna enfadonho porque não produz vida, apenas cansaço. A pessoa acumula conhecimento, mas não encontra sentido. Isso acontece quando o saber é separado do temor do Senhor, que é o princípio de toda sabedoria.

O valor do estudo equilibrado e guiado por Deus

Salomão não estava desestimulando o aprendizado, mas chamando à sabedoria no modo de estudar. A sabedoria verdadeira não está em saber de tudo, mas em saber onde e por que buscar o conhecimento. O sábio entende que há coisas que edificam e outras que apenas distraem.

Devemos, portanto, ser seletivos. Em um tempo em que há tanta informação, o cristão precisa aprender a priorizar aquilo que o aproxima de Deus e o ajuda a cumprir sua missão. O apóstolo Paulo, por exemplo, estudou muito, conhecia as Escrituras e também a cultura de sua época. No entanto, ele afirmou: 

“E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor” (Filipenses 3:8).

O estudo é uma ferramenta poderosa quando está submetido a um propósito maior — o de conhecer melhor a Deus e servir melhor ao próximo. Quando o aprendizado se torna um fim em si mesmo, ele se esvazia. Quando se torna um meio de glorificar a Deus, ele ganha sentido e leveza.

Aprendendo a descansar na sabedoria do “único pastor”

O grande conselho de Salomão é que nem todo conhecimento é útil, e nem todo estudo é saudável e alinhado ao propósito de Deus para nossa vida. Precisamos discernir o que vem do “único Pastor” — Deus — e o que é apenas ruído. 

Quando aprendemos a selecionar o que estudamos e a investir nosso tempo em conteúdos que fortalecem a fé e a nossa missão de vida, encontramos equilíbrio e paz.

A verdadeira sabedoria não gera um tipo de cansaço desanimador! Como disse o próprio Jesus: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mateus 11:29). 

Estudar as palavras do Mestre, meditar em Sua vontade e buscar o entendimento da Bíblia nunca serão enfado da carne, porque trazem refrigério à alma.

O estudo que causa enfado é aquele que nos afasta de Deus, que nos leva à soberba intelectual e à ansiedade por saber tudo. O estudo que edifica é aquele que nos aproxima de Cristo e nos ajuda a viver de maneira sábia, prática e piedosa, cumprindo a missão que o Senhor nos deu nas mais diversas áreas de nossa vida!

Conclusão: o muito estudar é enfado quando não há direção do Senhor

Em resumo, o que Salomão ensina em Eclesiastes 12:12 é uma lição sobre limites e prioridades. Ele não condena o estudo, mas alerta contra o perigo de buscar conhecimento de forma desenfreada e sem propósito espiritual. 

Há infinitos livros e ideias no mundo, mas apenas as palavras que vêm do “único Pastor” têm poder de firmar nossa vida.

Portanto, estudar é bênção — desde que feito com discernimento, equilíbrio e propósito. Precisamos reconhecer nossos limites, buscar o conhecimento que vem de Deus e usar o aprendizado para cumprir nossa missão na Terra. Assim, o estudo se torna uma fonte de prazer, e não de cansaço e esgotamento.

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