Por que Jacó usou varas para influenciar os rebanhos? Milagre ou simpatia?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: Presbítero, queria entender o caso que aconteceu com os animais cuidados por Jacó na casa de Labão, onde ele colocava varas descascadas diante dos olhos das ovelhas prenhas, e os filhotes das ovelhas nasciam listados, salpicados e malhados. Isso é milagre de Deus, ou é alguma simpatia que Jacó fazia? Se era milagre, por que usar essas varas, pois parece que o poder estava nas varas colocadas diante dos animais?

A história de Jacó sendo explorado por seu sogro Labão é bem conhecida entre os leitores da Bíblia.

Porém, os detalhes do desfecho dessa história, quando Jacó finalmente decide trabalhar por si mesmo, por sua família, deixando o explorador Labão, são menos explorados, apesar de riquíssimos em lições espirituais e teológicas.

Durante muitos anos, Jacó trabalhou para Labão e viu o patrimônio de seu sogro crescer. Chegou o momento em que ele expressou seu desejo de mudar de vida:

“Porque o pouco que tinhas antes da minha vinda foi aumentado grandemente; e o SENHOR te abençoou por meu trabalho. Agora, pois, quando hei de eu trabalhar também por minha casa?” (Gênesis 30:30).

Essa fala mostra que Jacó queria deixar de enriquecer os outros com seu esforço e começar a trabalhar para sua própria casa, sua família. Um desejo genuíno!

Foi então que Jacó propôs uma forma justa de separação de bens. Ele ficaria com os animais que tivessem características específicas — listados, salpicados, malhados ou pretos — como seu pagamento. Ele declarou:

“Assim, responderá por mim a minha justiça, no dia de amanhã, quando vieres ver o meu salário diante de ti; o que não for salpicado e malhado entre as cabras e negro entre as ovelhas, esse, se for achado comigo, será tido por furtado” (Gênesis 30:33).

Embora Labão tenha aceitado o acordo, rapidamente enganou Jacó, separando todos os animais que correspondiam a essas características e entregando-os a seus filhos, para que Jacó não tivesse com o que começar seu próprio rebanho:

“Mas, naquele mesmo dia, separou Labão os bodes listados e malhados e todas as cabras salpicadas e malhadas, todos os que tinham alguma brancura e todos os negros entre os cordeiros; e os passou às mãos de seus filhos” (Gênesis 30:35).

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A estratégia de Jacó com as varas descascadas

Diante desse cenário de injustiça, Jacó tomou uma atitude que causa curiosidade até hoje. Ele usou um método peculiar com varas de árvores para influenciar os resultados do nascimento dos filhotes dos cruzamentos entre os animais.

“Tomou, então, Jacó varas verdes de álamo, de aveleira e de plátano e lhes removeu a casca, em riscas abertas, deixando aparecer a brancura das varas, as quais, assim escorchadas, pôs ele em frente do rebanho, nos canais de água e nos bebedouros, aonde os rebanhos vinham para dessedentar-se, e conceberam quando vinham a beber. E concebia o rebanho diante das varas, e as ovelhas davam crias listadas, salpicadas e malhadas” (Gênesis 30:37-39).

Jacó colocou essas varas nos locais onde os animais acasalavam, especialmente diante dos animais mais fortes, e os resultados foram impressionantes: os filhotes nasciam com as características que haviam sido estipuladas como seu salário.

Mas de onde Jacó tirou essa ideia de colocar varas descascadas diante do rebanho? Muita gente aqui, sem ler o contexto, acaba levantando hipóteses totalmente equivocadas. Mas veremos que o contexto nos dá uma boa direção a respeito disso!

Mas afinal, isso foi milagre, ciência ou simpatia?

Há quem argumente que Jacó teria conhecimento de alguma prática antiga, que supunha que a exposição visual a certos estímulos pudesse influenciar a aparência do filhote nascido.

Por exemplo, alguns acreditavam que expor os animais a objetos de cor branca favorecia que as fêmeas gerassem filhotes com pelagem branca!

Contudo, o texto bíblico não aponta para nenhuma ciência por trás disso, nem reforça a ideia de que foi uma simpatia ou prática de alguma “manipulação genética ancestral”.

O que se destaca no texto é que as varas funcionavam mais como um símbolo, um elemento visual daquilo que Deus estava fazendo sobrenaturalmente em favor de Jacó.

A Bíblia apresenta outros casos assim, como o cajado de Moisés. Ele o usava diante de faraó para realizar sinais, o usou para abrir o Mar Vermelho, mas o poder não estava no cajado em si. Era um objeto visível para manifestar a ação de Deus. O cajado fazia parte do conjunto da ação de Deus, mas não era o cajado que detinha o poder para realizar algo!

Jacó sabia que não era o método das varas que garantia os resultados. Ele compreendia que tudo vinha da mão do Senhor, mesmo diante do trapaceiro Labão. Em conversa com suas esposas, ele afirmou:

“Mas vosso pai me tem enganado e por dez vezes me mudou o salário; porém Deus não lhe permitiu que me fizesse mal nenhum” (Gênesis 31:7).

E Jacó ainda deu mais detalhes sobre essa interferência do Senhor que frustrava os planos enganosos de Labão, mostrando-nos que as varas descascadas não eram o foco de toda essa ação; ele não atribuía a elas poder algum:

“Se ele dizia: Os salpicados serão o teu salário, então, todos os rebanhos davam salpicados; e se dizia: Os listados serão o teu salário, então, os rebanhos todos davam listados” (Gênesis 31:8).

Ou seja, Deus fazia com que os filhotes nascessem conforme o novo salário, mesmo quando Labão tentava trapacear. Jacó reconhecia a ação de Deus com clareza e não creditou às varas ou a alguma simpatia a sua vitória nessa questão:

“Assim, Deus tomou o gado de vosso pai e mo deu a mim” (Gênesis 31:9).

Além disso, Jacó compartilhou que teve um sonho revelador, no qual Deus lhe mostrava claramente o que aconteceria com o rebanho a seu favor. Isso está descrito em detalhes em Gênesis 31:10-13.

Possivelmente foi nesse sonho que Jacó teve a direção de usar as varas. Isso não é relatado no texto de forma objetiva, mas a forma como a revelação sobre os animais se apresenta no sonho parece deixar muito claro o que Deus iria fazer, e não seria tolice pensar que Deus também revelou a ele o uso das varas nesse processo.

Conclusão: as varas eram apenas um símbolo

Diante de tudo isso, podemos concluir com segurança: as varas não continham nenhum tipo de poder. Jacó não usou nenhuma simpatia ou “arte mágica” que conhecia! E nem seria possível, de forma natural, que a genética gerasse animais com aquelas características de pelagem, daquela forma, tão rápido!

Por algum motivo que o texto não explica, ele teve clareza e direção de Deus para usar essas varas como parte do que Deus estava fazendo a seu favor.

Elas eram um símbolo visível do agir de Deus, que operava em favor de Jacó, como forma de justiça contra as constantes injustiças de Labão. 

O verdadeiro milagre era o Senhor garantindo que Jacó fosse abençoado, mesmo quando todas as circunstâncias humanas estavam contra ele.

Essa história nos ensina que, quando Deus decide abençoar alguém, nenhuma artimanha humana é capaz de impedir. E que até mesmo o que parece estranho ou sem sentido pode ser um instrumento nas mãos do Senhor para cumprir seus propósitos.

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