Por que Paulo disse que o mal que ele não queria ele fazia? Ele estava dominado pelo maligno?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta | Imprimir
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Você pergunta: Fiquei confuso em um versículo onde Paulo diz que o mal que ele não queria ele fazia. Como seria isso? Ele não era servo do Deus vivo? Como poderia fazer o mal, ser dominado pelo mal, e ao mesmo tempo ser de Cristo?

Caro leitor, quando lemos um verso de forma isolada corremos um grande risco: o de justamente não compreendermos corretamente (ou distorcermos) o que o autor está ensinando.

Sendo assim, faz-se necessário que analisemos com cuidado o que vem antes e depois do verso para compreendermos a fala contida nele com profundidade. Vamos fazer isso agora:

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Por que Paulo disse que o mal que ele não queria ele fazia?

(1) Para começar, vejamos o verso que foi citado na pergunta: “Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos 7:19).

Claro que visto assim, isolado, parece alguém descontrolado falando, ou melhor, alguém controlado pelo mal. Mas será que é isso mesmo?

Vejamos: nesse contexto, Paulo está tratando sobre a luta do homem contra o pecado. Ele começa falando que a Lei de Deus aponta para todo tipo de perversidade que o coração humano é capaz de realizar (Romanos 7:7-8).

Ele observa que a Lei de Deus é boa, perfeita, porém, ela revela que nós somos totalmente depravados (Romanos 7:12-13).

(2) E ele demonstra isso comentando que a Lei é espiritual, mas nós somos carnais: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado” (Romanos 7:14).

Observe que Paulo se coloca dentro do texto como objeto da explicação, ou seja, ele sabia que era homem como qualquer outro homem e que nele também se operou a pecaminosidade.

Alguns líderes gostam de parecer perfeitos diante das pessoas. Mas Paulo era totalmente sincero. Ele expõe que também é um homem que luta contra a carne, assim como todos os seus leitores!

(3) Diante disso, Paulo destaca que o pecado gera uma força dentro dele para a realização do mal. E isso, claro, não é algo só dele, mas de todos nós: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo” (Romanos 7:18).

Paulo está descrevendo aqui justamente o homem morto em seus delitos e pecados! Um homem que tem na sua carne a força do pecado atuando. Mas Paulo não tinha Deus em sua vida?

Sim, tinha, é por isso que ele não para sua narrativa aqui! Ele está fazendo uma explicação, por isso, é necessário lê-la toda. Vejamos a continuidade…

(4) Sabendo que tem Cristo, Paulo é muito claro em reconhecer que mesmo um homem de Deus ainda vive uma luta contra o pecado. Existem inimigos que se levantam mesmo na vida do servo fiel a Deus!

Porém, em Cristo, ele pode vencer quando se torna “escravo” da vontade de Deus: “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado” (Romanos 7:25).

Observe que Paulo descreve a luta da carne contra o espírito. Essa vitória do espírito só é possível por causa de Jesus, daí Paulo dar “graças a Deus por Jesus Cristo”.

(5) Existe uma ação de Deus espiritual em nós, mas a nossa carne teima em se levantar contra tudo isso. Com Paulo isso não era diferente!

Evidentemente que quando ele diz que “o mal que não quero, esse faço” não está dizendo que é aceitável que um homem de Deus viva fazendo o mal, antes, dentro desse contexto, está falando de como o homem de Deus deve ser vigilante, pois ainda existe uma guerra a guerrear: a guerra do domínio próprio!

Se ele não se cuida, logo está realizando o que é mal! Se não vigia, o mal se fortalece e luta com toda força para desviá-lo. Esse é o quadro que todos nós vivemos!

A boa notícia é que podemos (agora, convertidos) vencer o pecado com a ajuda do Senhor! É justamente o que Paulo vai tratar em Romanos 8, a vida através do Espírito Santo!

(6) Portanto, não temos aqui Paulo dizendo e aceitando que era um pecador dominado pelo mal. É justamente o contrário.

Ele explica o poder do mal, do pecado que nos assedia, porém, mostra o poder triunfante de Cristo sobre tudo isso, através da ação do Senhor em nós!

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