O dízimo deve ser dado do líquido ou do bruto do salário?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta | Imprimir
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Você pergunta: Eu sou dizimista da obra do Senhor e tenho muita alegria de fazer isso de forma voluntária. Mas estou com uma dúvida: eu devo separar meu dízimo do líquido ou do bruto do meu salário? Já conversei com algumas pessoas e às opiniões são bem diferentes. Gostaria de saber sua opinião a respeito.

Caro leitor, nós já falamos aqui a respeito de dízimos, se existe obrigatoriedade de dizimar no novo testamento (Leia aqui), portanto, nesse estudo não iremos abordar questões que são muito debatidas sobre se o dízimo ainda deve ser praticado ou não em nossos dias.

Portanto, este estudo tem em vista ajudar aqueles que são dizimistas e querem fazer isso de forma voluntária e agradável ao Senhor. Sendo assim, vamos à sua questão:

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O dízimo deve ser dado do líquido ou do bruto?

(1) Em primeiro lugar não temos na Bíblia qualquer orientação a respeito dessa questão de dizimar do líquido ou do bruto de um salário, já que nos tempos bíblicos as estruturas de ganhos, de trabalhos, de pagamentos eram bem diferentes da dos nossos dias.

Por exemplo, a cultura bíblica muito focada na agricultura seguia o ciclo das plantações e baseado neles é que as pessoas ofertavam a Deus.

Sendo assim, em plantações que demoravam 6 meses para dar frutos, esse era o prazo em que as pessoas ofertavam e não mensalmente como no caso de um trabalhador comum de nossos dias.

(2) Dito isto, vemos que o princípio do dízimo é uma oferta ao Senhor referente a 10% da sua renda. Jesus elogiou os fariseus por serem criteriosos quanto a sua contribuição:

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mateus 23:23).

Observe que apesar da crítica de Jesus à hipocrisia deles, Jesus também diz que eles estavam certos sendo criteriosos quanto aos seus dízimos.

Por isso, penso que se decidirmos dizimar, seja com 10% ou se as nossas condições nos permitem fazer até mais como as igrejas do Novo Testamento faziam, é legítimo ter preocupação em querer dizimar da melhor forma possível.

(3) Sendo assim, em meu pensar devemos dizimar sobre o valor líquido do salário recebido. Eu vou explicar porque penso assim e também fazer algumas observações importantes com exemplos para que você tenha isso de forma bem clara.

Dentro da estrutura trabalhista brasileira existem descontos em folha que correspondem ao INSS (desconto para aposentadoria e proteções sociais) e o IR (Imposto de Renda), que depende do valor do seu salário.

Esses são os principais descontos (Mas existem outros, dependendo do valor do salário e outras questões).

Esse dinheiro será usado (acessado) pelo trabalhador apenas no futuro, por isso, em minha opinião, serão “dizimados” ou seja, a pessoa poderá dizimar deles quando os receber.

Na prática, ela não recebeu esses valores, eles foram descontados dela em folha, mas ela ainda não pode usá-los.

Dessa forma, a meu ver, a pessoa não precisa dar o dízimo deles agora, mas somente depois quando terá a soma deles em seu poder.

(4) Colocando em um exemplo prático ficaria mais ou menos assim:

RECEITAS:

Salário: R$ 2.000,00 (+)

Cesta Básica: R$ 150,00 (+)

Horas extras: 350,00 (+)

TOTAL BRUTO: R$ 2.500,00

DESCONTOS:

INSS: R$ 275,00 (-)

IR: R$ 200,00 (-)

TOTAL LÍQUIDO: R$ 2.025,00

Nesse caso hipotético acima, penso que a pessoa não deva dizimar dos R$ 2.500,00 (bruto), mas dos R$ 2.025,00, valor líquido após os descontos.

Dizimar do valor bruto, a meu ver, pode trazer desequilíbrio ao orçamento familiar, pois a parcela tirada para o dízimo será, na prática, bem mais que 10%, já que o valor de INSS e IR (que poderá ser restituído depois) não estão disponíveis para uso imediato.

Dízimo do líquido, uma ressalva

(5) Gostaria, porém, de fazer uma ressalva quanto a isso: Existem outros descontos em folha como empréstimos e outros descontos que não representam um dinheiro que você irá pegar depois.

Nesse caso, é uma decisão sua avaliar qual o valor que vai considerar para dar seu dízimo ou oferta.

O que penso é que se existem empréstimos descontados em folha ou dificuldades financeiras na família, busque priorizar o cuidado com sua família, resolver as demandas e depois retorne a ofertar na obra.

Não é correto biblicamente ser dizimista enquanto a sua família passa necessidades básicas!

“Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1 Timóteo 5:8).

Mas também não é correto fazermos menos do que podemos fazer por sermos egoístas, avarentos, omissos e coisas do tipo. Lembre-se: Deus conhece o que podemos fazer e nossas motivações!

“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando” (Tiago 4:17).

(6) Quero terminar dizendo que aquilo de principal que Deus vê em nosso coração não é o tamanho da nossa contribuição, antes, a nossa fidelidade, nosso reconhecimento a Ele por tudo que fez e faz, nosso envolvimento com a obra Dele em todos os sentidos.

Mas, claro, se nos dispormos a ofertar, devemos fazer da melhor forma possível. Espero que essa breve orientação lhe ajude a se organizar bem para poder ser um sustentador da obra do Senhor!

Como recebo muitas dúvidas também perguntando sobre dízimos em momentos de problemas financeiros, deixo este estudo para você ler também: Devo dizimar se minha família está passando necessidades?

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