O que é estatuto perpétuo e por que eles não são mais cumpridos?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta | Imprimir
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Você Pergunta: Eu tenho estudado muito o Antigo Testamento e algo que tem me deixado um pouco confusa são as leis de estatuto perpétuo. Pelo que estendo estatuto perpétuo deveria ser algo que deveria ser feito para sempre, estou certa? No entanto, quando observamos algumas leis vemos que elas não são mais cumpridas como um estatuto perpétuo. Inclusive, várias, nem mesmo cumprimos mais hoje em dia. Como explicar isso?

Cara leitora, essa é uma questão que traz muita confusão na mente de muitos estudantes da Bíblia. Mas vejamos algumas considerações importantes para compreendermos melhor essas leis que nos parecem que deveriam ser cumpridas para sempre e em muitos casos não são. Seria isso um erro?

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O que é estatuto perpétuo?

(1) A primeira vez que “estatuto perpétuo” é mencionado na Bíblia é na origem da principal festa dos judeus, a páscoa: “Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo” (Êxodo 12:14).

A páscoa judaica tinha diversos rituais a serem observados, como separar um cordeiro ou um cabrito no dia 10 do mês de Nisã, depois guardá-lo e imolá-lo no dia 14 de Nisã ao pôr-do-sol e comê-lo com ervas amargas e roupas de viagem, seguido de mais sete dias onde nenhum fermento deveria estar na alimentação, a chamada festa dos pães asmos (Êxodo 12).

Tudo isto é apontado na Bíblia como estatuto perpétuo. Então, por que não é feito mais?

(2) A resposta a essa pergunta passa pela compreensão do que os autores bíblicos quiseram dizer com estatuto perpétuo.

O que será que Deus quis nos comunicar quando disse, por exemplo, que a páscoa seria um estatuto perpétuo? Entender isso é fundamental. Aqui temos algumas possibilidades para tentarmos encontrar essa resposta:

Estatuto perpétuo significa para sempre?

(3) Alguns entendem que a palavra hebraica “Ìowlam” signifique que perpétuo seria para sempre, ou seja, todos os rituais, festas e outras ordenanças em sua forma descrita deveriam ser realizados exatamente como são descritos nas leis de Deus no Antigo Testamento.

Essa posição, porém, não parece considerar que a vinda de Cristo mudou todo o sistema sacrificial que, com Sua vinda, morte e ressurreição, foi cumprido de forma plena:

“e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1 João 2:2).

Se Jesus Cristo é a propiciação (Sacrifício perfeito) pelos nossos pecados, qual seria o sentido, por exemplo, de continuar sacrificando animais pelo pecado?

Essas são apenas algumas questões que colocam em dificuldades quem pensa que o significado de perpétuo seria a realização de todos os rituais em sua forma exata para sempre.

Estatuto perpétuo é uma linguagem figurada?

(4) Alguns defendem que estatuto perpétuo seria uma figura de linguagem e que signifique algo que seria feito por um determinado tempo e não literalmente para sempre.

Esse ponto de vista, porém, me parece causar mais confusão do que explicação, pois, como se determinaria que aquela determinada lei seria apenas por um tempo se os textos usavam claramente a ideia de tempo, de para sempre?

Ou, por quanto tempo ela deveria ser cumprida, ela teria validade? Certamente esse ponto de vista dificuldade muito o entendimento.

Estatuto perpétuo significa que o objetivo do mandamento deveria ser cumprido para sempre, porém, não quanto à forma?

(5) Alguns defendem que todos os mandamentos dados por Deus por estatuto perpétuo tiveram uma forma para serem cumpridos à sua época (por exemplo, os rituais descritos no Antigo Testamento)

Mas, devido às revelações progressivas de Deus, essas formas foram mudadas (sem perder a essência do objetivo) quando esses mandamentos foram sendo cumpridos de formas mais plenas.

Por exemplo, quando Cristo morre pelos pecados como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, Ele cumpre plena e eternamente todo o objetivo dos mandamentos sacrificiais.

A forma como Ele cumpre isso é morrendo na cruz. Sendo assim, esse grupo de mandamentos estão cumpridos eterna e plenamente quanto aos seus objetivos, mas, quanto à forma foram cumpridos na cruz, por isso, não são mais necessários os sacrifícios dos animais e rituais com a presença de sacerdotes pelo fato de seu cumprimento ter sido completo.

(6) Parece-me que esse pensamento era claro na igreja primitiva, e foi levantado para se esclarecer quando existiam pessoas que ensinavam que esse tipo de lei deveria ser ainda cumprida como no Antigo Testamento.

Por exemplo, Paulo, orientou: “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo” (Colossenses 2:16-17).

Algumas das citações de Paulo (festas, por exemplo) são exatamente leis que indicavam estatuto perpétuo, o que parece nos indicar que estava claro para o apóstolo que essas leis estavam cumpridas em Cristo e ninguém que não mais as cumprisse (exatamente da forma como eram descritas no Antigo Testamento) poderia ser julgado severamente por isso.

Observe, por exemplo, o que deveria ser feito se fosse achada uma pessoa com fermento na festa da páscoa judaica:

“Por sete dias, não se ache nenhum fermento nas vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado será eliminado da congregação de Israel, tanto o peregrino como o natural da terra” (Êxodo 12:19).

(7) Dessa forma, parece-me claro, observando o contexto amplo da Bíblia, que as leis de estatuto perpétuo dadas por Deus não tinham a intenção de engessar um objetivo e uma forma de cumprimento.

Elas foram realizadas de uma determinada forma por um tempo, mas Deus dá cumprimento eterno a elas em Cristo, que ressignifica essas leis de forma plena e cumprindo a vontade de Deus, o que, de fato, se observa como uma prática da igreja primitiva, que não é mais vista cumprindo rituais e leis do Antigo Testamento que foram cumpridas plenamente em Cristo.

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