Em Provérbios 31:6-7 a Bíblia manda quem sofre se embriagar para esquecer o sofrimento?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
Se você fizesse uma análise dos seus últimos 6 meses de vida, você acha que está indo bem em seus estudos da Bíblia ou precisaria melhorar um pouco (ou quem sabe melhorar muito)?

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Você pergunta: Sempre cri que a Bíblia proibia a embriaguez. Mas esses dias lendo um texto de Provérbios 31:6-7 percebi que ali existe uma orientação para que se dê bebida forte a quem sofre para que essas pessoas esqueçam o sofrimento. Não entendi bem esse texto. Estaria a Bíblia apoiando que aqueles que sofrem possam se embriagar para esquecer seus sofrimentos? Pode me ajudar a entender esse texto?

Caro leitor, bem interessante sua observação sobre esse texto. Vamos entendê-lo para que não haja confusão sobre o que a Bíblia ensina e o que a Bíblia não ensina.

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A Bíblia aprova a embriaguez em Provérbios 31:6-7?

(1) Vários textos bíblicos falam contra a embriaguez. Vejamos este: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio” (Provérbios 20:1).

Além desse texto claro, temos outros que falam também contra a embriaguez e as bebedices, ou seja, o uso excessivo do álcool, como Gálatas 5:21, 1 Pedro 4:3, etc. Ou seja, é bem claro que Deus não se agrada das bebedices e da embriaguez.

(2) O texto que você citou diz o seguinte: “Dai bebida forte aos que perecem e vinho, aos amargurados de espírito; para que bebam, e se esqueçam da sua pobreza, e de suas fadigas não se lembrem mais” (Provérbios 31:6-7).

Numa primeira olhada realmente parece que esse texto se trata de uma ordem “dai” para que as pessoas mais pobres, amarguradas, sejam embriagadas para esquecer a sua condição difícil de vida. Mas esta conclusão é errada.

(3) Esse texto está inserido em uma série de conselhos dados ao rei Lemuel pela sua mãe (Provérbios 31:1). Dentre esses conselhos nos chama a atenção exatamente o conselho para não se embriagar:

“Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte. Para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos” (Provérbios 31:4-5).

(4) O que se segue é a palavra de Provérbios 31:6-7. Esse conselho dessa mãe geralmente é entendido como uma fala sarcástica.

Ou seja, a mãe do rei Lemuel está trazendo ao filho justamente a ideia de que a embriaguez não é a solução, ou é uma solução falsa, já que uma pessoa embriagada piora ainda mais a sua pobreza e amargura, já que não consegue enfrentar os desafios com a cabeça erguida e muito menos esquece sua condição difícil.

O sarcasmo é usado como ironia para criticar quem lida com a causa dos pobres dessa forma, tornando as pessoas ainda mais miseráveis.

(5) No verso seguinte a mãe do rei Lemuel traz o que deveria ser feito efetivamente em favor dos pobres e amargurados: “Abre a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados. Abre a boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados” (Provérbios 31:8-9).

A solução não era dar bebida (o que seria uma espécie de maquiagem do problema), antes, a solução era enfrentar o problema da corrupção na raiz, com atitudes concretas. Ajudar o pobre de fato com aquilo que pode trazer bênçãos à sua vida!

(6) Sendo assim, o conselho dessa mãe ao filho rei não deve ser entendido como sendo uma aprovação ao uso excessivo de bebida alcoólica. Pelo contrário, a Bíblia é a favor da lucidez para resolver os problemas mais difíceis da vida e não do álcool como uma via para esquecer momentaneamente as questões que nos afligem.

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