Divórcio e segundo casamento! O que a Bíblia ensina?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta | Imprimir
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Você Pergunta: Eu sou divorciado e me separei porque fui traído pela minha esposa, que fugiu com outro homem (por favor não divulgue meu nome). Isso foi um furacão em minha vida, mas superei esse momento doloroso. Comecei a conversar com uma moça, porém, meus líderes me disseram que nunca mais poderei casar de novo! Isso é correto biblicamente? Já vi pastores falando que eu posso, que a Bíblia permite. Não sei o que fazer!

Caro leitor, esse tema, de fato, é complexo e divide opiniões. Isso porque temos pelo menos 3 grupos que interpretam os versos sobre divórcio e novo casamento de forma distinta:

  1. Pode casar de novo em qualquer caso;
  2. Pode casar de novo somente em caso de viuvez e só;
  3. Pode casar de novo em caso de viuvez e nos casos que a Bíblia permite divórcio da parte inocente.

Vamos analisar cada um desses pontos e entender como cada um pensa para que, depois, possamos fazer nosso juízo de valor.

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Quando pode ser feito o segundo casamento?

(1) O primeiro grupo, mais liberal, que aceita qualquer tipo de divórcio e novo casamento, evidentemente, não lê a Bíblia. Poderíamos dizer que é o grupo que não vê problema algum no divórcio e nem em segundos casamentos em caso algum, menosprezando o casamento!

Esse grupo ignora, por exemplo, textos como o que Jesus orientou:

“Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério” (Mateus 5:32).

Aqui Jesus estabelece um motivo justo para um divórcio, que é a traição. E também mostra que existem casos em que casar-se com um divorciado expõe a pessoa a tornar-se adúltera, ou seja, estar em pecado de adultério.

Sendo, assim, existem sim casos em que a Bíblia não dá abertura para divórcios justos diante do Senhor.

(2) O segundo grupo é bastante firme na postura de que só a viuvez dá motivo justo para um segundo casamento, já que o cônjuge morreu, terminando assim a aliança de casamento. Um dos textos muito usados por esse grupo é Romanos 7:2:

“Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal” (Romanos 7:2).

Esse grupo entende que nem mesmo a parte inocente, quando está exposta a uma separação, por exemplo, pelo adultério de um dos cônjuges, teria o direito de casar novamente.

Sendo assim, na visão desse grupo, qualquer segundo casamento que não seja em caso de viuvez, está irregular biblicamente.

(3) O terceiro grupo entende que no caso de viuvez está claro que pode haver segundo casamento e este segundo casamento também é possível nos casos em que a Bíblia permite a parte inocente se divorciar.

Por exemplo, no caso de adultério, Jesus permitiu divórcio. Então, esse grupo entende que havendo permissão de quebra da aliança, logo, está havendo também uma anulação permitida da aliança, deixando a parte inocente livre para contrair novo casamento.

Além disso, o apóstolo Paulo permitiu que houvesse separação quando um descrente resolvesse abandonar o crente, o que parece indicar que o divórcio pode ocorrer em casos de exceção que vão além do adultério:

“Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz” (1 Coríntios 7:15).

Alguns teólogos vão entender que a violência dentro do casamento também é um tipo de abandono e que também dá motivo para divórcio, bem como, a novo casamento da parte inocente.

(4) Basicamente essas são as 3 visões que iremos encontrar sendo orientadas. Mas qual seria a interpretação que mais se aproxima do que a Bíblia ensina?

De forma pessoal, com todo respeito a quem pensa diferente, a última versão me parece ser mais coerente. Se Paulo permitiu apartar-se (divorciar) com um motivo que não era adultério, podemos entender que quando Jesus exemplificou sobre o divórcio, não estava dando um ensino completo e fechado desse tema naquele contexto.

Além disso, imaginar que uma parte inocente seja ferida seriamente em um casamento e isso resulte na separação e essa parte, mesmo sendo inocente, está fadada a nunca mais se casar, parece um princípio baseado em uma injustiça bastante clara!

(4) Agora que você já aprendeu as principais visões, eu sei que existem dezenas de casos difíceis que muitas vezes não se enquadram perfeitamente nas visões existentes! Por isso, você agora será o pastor de uma igreja a aconselhar um caso. Como você aconselharia?

Análise de caso:

Rapaz casou com 18 anos com uma moça de 19 anos. Ambos não eram crentes. Acharam que o casamento ficou “frio” e se divorciaram. Dois anos depois, os dois casaram de novo com outras pessoas.

Esse rapaz agora está com 30 anos, converteu-se a Jesus e já está casado com outra moça e tem dois filhos pequenos. O que ele deve fazer?

Não fazer nada? Ele pode continuar casado segundo a primeira visão?

Deve se separar da atual esposa, deixá-la, e ficar sozinho até o final da vida, fazendo um acordo para ver os filhos de tempos em tempos? 

Se quiser um casamento correto, deve procurar a esposa anterior, pedir para ela se separar também para ele casar de novo com ela?

Ou deve manter esse casamento em fidelidade, pedindo perdão a Deus pelo erro que cometeu, reconhecendo que não vive o melhor cenário por causa de pecados do passado, mas que é melhor ficar com essa moça do que viver abrasado?

Observe que é muito fácil viver na teoria teológica, mas nem sempre no dia a dia real as situações são fáceis. Por isso, acho que devemos conhecer os fundamentos teológicos, porém, deve haver espaço para análise de casos mais complexos, a fim de que pessoas sejam curadas, situações sejam transformadas pelo perdão de Deus e pela renovação da mente através da conversão e santificação!

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