Deus não leva em conta os pecados do tempo da ignorância?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta | Imprimir
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Você Pergunta: Vi seu estudo explicando sobre segundo casamento na Bíblia e muita gente nos comentários está falando que Deus não leva em conta os tempos de ignorância, para afirmar que pecados cometidos antes da conversão não teriam “validade” como, por exemplo, se divorciar e casar novamente por motivo fútil. Isso está correto?

Caro leitor, de fato, um texto extremamente mal usado e mal interpretado é o texto ao qual você se referiu, de Atos 17:30, que fala dos “tempos da ignorância”. Ele diz o seguinte:

“Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (Atos 17:30).

Primeiramente, vamos falar um pouco sobre os erros interpretativos mais comuns desse texto: As pessoas tendem a entender que esse texto significa que todos os pecados cometidos antes de alguém se converter não têm tanta “validade” para Deus, que Ele os “releva” e não os considera muito.

Contudo, isso está errado! Se Deus desconsiderasse todo pecado cometido antes da conversão de alguém, então todos seriam salvos, já que esses pecados seriam considerados como fruto de “ignorância” e não seriam levados em conta. Ao contrário disso, a Bíblia diz:

“Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados” (Romanos 2:12).

Portanto, qualquer tipo de pecado é considerado por Deus, pois é uma ofensa direta a Ele.

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Alguns ainda pensam que as consequências dos erros passados, quando a pessoa não conhecia a Cristo, não ocorrerão na vida da pessoa. No entanto, isso também está errado!

“Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo” (Mateus 12:36).

O pecado sempre gera consequências, que podem ser maiores ou menores aqui nesta vida, mas que, sem Cristo, sempre levarão à morte espiritual da pessoa e todos receberão o justo juízo de Deus.

É evidente que quando conhecemos a Cristo, há arrependimento em nosso coração e, ao olharmos para trás, reconhecemos nossos erros e nos arrependemos deles. No entanto, isso não significa que tudo o que fizemos nos tempos de “ignorância” deixa de existir. É preciso haver sim um arrependimento sincero, que é a marca do novo nascimento.

Mas o que Paulo quis dizer com “não levou Deus em conta os tempos da ignorância”?

(1) Primeiramente, Paulo está ensinando sobre a paciência e misericórdia de Deus em relação ao Seu juízo e punição dos pecadores. Se Deus não fosse misericordioso, todos já estariam destruídos, pois todos pecaram! No primeiro pecado cometido, todos já estariam condenados.

Os atenienses, aos quais o evangelho estava sendo pregado, foram alvos dessa graça de Deus, pois eram, como todos os homens, pecadores, e Deus poderia tê-los destruído se quisesse, sem ser injusto.

Entretanto, agora, com a revelação do evangelho a eles, uma grande responsabilidade repousava sobre eles, pois tinham ouvido a Palavra da Verdade e, se a rejeitassem, trariam um grave juízo sobre si mesmos, um juízo que determinaria sua vida eterna.

(2) É perceptível o contraste que Paulo estabelece aqui, chamando-os a reconhecer a misericórdia de Deus por eles e também chamando-os à responsabilidade:

“…agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (Atos 17:30).

Observa-se que esse trecho não ensina que os “tempos de ignorância” apagam os pecados deles ou os tornam não culpados desses pecados. Quando são chamados a “se arrependerem”, fica claro que os pecados estão registrados na conta deles e precisam de arrependimento.

Portanto, Deus não ignora os pecados cometidos no tempo da ignorância, mas nos trata com misericórdia durante esse período de obscuridade em que vivemos. Isso é evidenciado por Paulo aqui.

(3) Paulo aprofunda sua explicação, notificando sobre o julgamento final que Deus realizará por meio de Jesus Cristo. Quando esse dia chegar, não haverá mais oportunidade, e ninguém será considerado ignorante em relação a nada:

“…porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17:31).

Portanto, a reação esperada é que alguém que antes não conhecia o evangelho e vivia uma vida de pecado constante, agora que conhece a verdade, abandone essa vida por meio da fé em Cristo e do arrependimento sincero.

(4) Assim, fica claro que quando Paulo fala dos tempos da ignorância, ele não está ensinando que Deus considera os pecados cometidos (nesse período de ignorância) como naturais, sem problemas ou não passíveis de arrependimento.

Pelo contrário, o homem é pecador em qualquer período de sua vida, e esses pecados resultam na morte, necessitando de um arrependimento e conversão sinceros.

Paulo deseja enfatizar a grande misericórdia de Deus para com os pecadores, uma misericórdia que eles não merecem.

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