Por que Deus matou Uzá por ter tocado a Arca da Aliança que estava caindo?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta | Imprimir
Você quer ter acesso a um método de ensino, que vai te fazer entender a Bíblia inteira, de Gênesis a Apocalipse?

Durante mais de 5 anos trabalhei criando aulas e produzi um material para quem ama estudar a Bíblia com profundidade e tem dificuldades com isso!

Gostaria muito que você conhecesse esse material, ele pode ser a estrada que vai te levar a entender mais da Bíblia ainda hoje!

Por isso, peço alguns segundos da sua atenção, para que conheça os detalhes desse material inscrível que acabamos de disponibilizar para você!

Acredite em mim, você não vai se arrepender! clique: QUERO SABER MAIS (Acesse aqui)…

Você pergunta: O caso em que Uzá é fulminado por Deus porque segurou a arca da aliança que estava caindo me deixa um pouco perplexa. Por que Deus fez isso se Uzá estava apenas reagindo com boa intenção, segurando a arca que estava caindo do carro de bois? Por que Deus agiu de forma tão severa ali? Ajude-me a entender.

Cara leitora, esse realmente é um caso chocante narrado pelas escrituras sagradas. Em uma leitura mais superficial somos tentados a achar que Deus exagerou, que foi injusto, que agiu de forma inapropriada.

Mas veremos que a ação de Deus teve seus motivos.

Inscreva-se em nosso canal (clique): https://m.youtube.com/andresanchez

Por que Deus matou Uzá por ter tocado a Arca?

(1) A primeira coisa a entender é quem foi Uzá. Uzá é citado como sendo filho de Abinadabe (2 Samuel 6:3). Esse Abinadabe é aquele citado em 1 Samuel 7:1-2, que ficou com a arca da aliança em sua casa por cerca de 20 anos.

É provável que Uzá fosse filho ou neto desse Abinadabe, já que a palavra hebraica “filho” pode também ser usada para “descendente”. Então, Uzá era um parente de Abinadabe.

Isso indica para nós que Uzá era muito provavelmente um levita, ou seja, ele tinha conhecimento de como deveria tratar as coisas de Deus, sabia sobre o que a Lei de Deus exigia (como era da obrigação de todo levita).

Mas mesmo que não fosse levita, o fato da arca da aliança ter ficado tanto tempo ali certamente trouxe a ele informações importantes sobre ela!

(2) Outra coisa a pontuar são as orientações de transporte da arca da aliança que deveriam ser seguidas pelos levitas. Vejamos uma parte delas:

“Por esse mesmo tempo, o SENHOR separou a tribo de Levi para levar a arca da Aliança do SENHOR, para estar diante do SENHOR, para o servir e para abençoar em seu nome até ao dia de hoje” (Deuteronômio 10:8).

Observe que apenas a tribo de Levi poderia transportar a arca da aliança. Considerando que Uzá seria um levita, essa parte estava correta. Será? Temos mais instruções:

“Mas aos filhos de Coate nada deu, porquanto a seu cargo estava o santuário, que deviam levar aos ombros” (Números 7:9).

Aqui observamos que a Arca (e todo o tabernáculo) não deveria ser levada por carros, mas nos ombros dos levitas da família de Coate (coatitas).

Ainda surge uma outra dúvida: será que Uzá era da família dos coatitas (Coate), que eram os designados para levar a arca? Não temos como saber com certeza, mas a julgar pela punição que recebeu, pode ser que não.

Para mais detalhes sobre como deveria ser esse transporte, leia Números 4:1-20.

(3) Ditas essas coisas, podemos compreender agora algumas coisas que podem nos ajudar a compreender melhor a ação de Deus. Vejamos este texto onde Deus fulmina Uzá:

“Quando chegaram à eira de Nacom, estendeu Uzá a mão à arca de Deus e a segurou, porque os bois tropeçaram. Então, a ira do SENHOR se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta irreverência; e morreu ali junto à arca de Deus” (2 Samuel 6:6-7). Analisemos agora a situação com todas as informações que já sabemos:

a) A arca estava sendo transportada de forma incorreta, pois deveria estar sendo levada nos ombros e não em um carro de boi. Temos já aqui uma desobediência à lei de Deus.

b) A arca estava sendo transportada com o objetivo de retomar o culto a Deus em Jerusalém depois dela ter ficado mais de 20 anos na casa de Abinadabe, praticamente esquecida.

Deus não poderia aceitar que esse reinício já começasse do jeito errado. Essa punição teve, por isso, um caráter pedagógico, de mostrar a Davi e ao povo que não deveriam adorar a Deus de qualquer jeito.

Deveriam se voltar à lei do Senhor do jeito certo, deveriam retomar o culto a Deus de acordo com a exigências do Senhor!

c) Se Uzá era de fato levita, mas não dos descendentes de Coate, ele não poderia estar transportando a Arca (se isso for uma realidade, aqui já temos um erro grave).

Mas considerando que ele fosse coatita (não sabemos ao certo) e que tudo estivesse certo nessa parte de descendência, ainda mais assim ele deveria observar as instruções na lei de Deus com mais empenho, já que se dispôs a fazer esse transporte e era da família responsável por esse trabalho durante várias gerações.

d) Apesar da aparente boa intenção de Uzá, podemos observar que no todo da situação temos uma série de erros. Deus tratava com muito mais severidade aqueles que O serviam de alguma forma e que tinham conhecimento de Sua palavra.

Por isso, não podemos crer que Uzá fosse alguém que não tinha esse conhecimento, que era apenas um coitado inocente que tinha apenas boa intenção.

Certamente, a julgar pela grave punição de Deus, Uzá foi culpado no todo desse transporte errado. Tocar na arca foi apenas o último erro de vários.

Em certo ponto Deus foi misericordioso, pois poderia ter aplicado Sua punição a todos os envolvidos nesse transporte, mas não o fez!

e) Observamos que após todo esse acontecimento terrível a arca da aliança foi levada do jeito correto e tudo correu bem:

“Introduziram a arca do SENHOR e puseram-na no seu lugar, na tenda que lhe armara Davi; e este trouxe holocaustos e ofertas pacíficas perante o SENHOR” (2 Samuel 6:17)

Isso nos mostra que de fato o desagrado de Deus estava na forma como estava sendo tratada toda essa questão, de forma contrária às Suas ordens.

Você pode ler MAIS UM ESTUDO agora? Escolha um abaixo e clique:

Compartilhe este estudo:
  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn
  • WhatsApp