É pecado questionar Deus? O cristão nunca deve questioná-lo?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta | Imprimir
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Você pergunta: Estou passando por um momento de doença terrível. Mas sempre fui uma pessoa fiel a Deus e fico questionando porque Ele permitiu essa doença terrível em minha vida. Algumas pessoas têm me censurado dizendo que não posso questionar Deus. Mas o que devo fazer então? Devo ficar calada diante de tudo isso? Eu busco respostas. É pecado questionar Deus? Eu, como cristã, posso fazer isso ou estou errando? O que a Bíblia diz?

Cara leitora, essa questão de questionar Deus realmente traz alguma confusão na mente de muitas pessoas. Vamos meditar agora no que a bíblia diz sobre isso para que seu coração ande na direção certa com relação a essa dor que você está passando.

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É pecado questionar Deus?

(1) Em primeiro lugar, vamos definir o que significa questionar. Eu separei dois dos principais significados dessa palavra segundo o dicionário online Priberan: “Fazer ou fazer-se pergunta(s): (Interrogar, perguntar). Pôr ou pôr-se em causa ou em dúvida”.

Esses significados nos mostram que questionar é querer saber algo através de perguntas, de questionamentos, ou também colocar algo ou alguma coisa em dúvida.

Sabendo disso, será que a Bíblia proíbe questionar Deus em qualquer situação ou existem situações em que isso nos é permitido?

(2) Em uma primeira análise podemos observar na Bíblia diversos servos de Deus questionando a Deus sobre várias coisas. Vejamos, por exemplo, este texto:

“Por que, SENHOR, te conservas longe? E te escondes nas horas de tribulação?” (Salmos 10:1). Esse salmista questiona a aparente vitória dos perversos como se Deus não estivesse vendo.

Mas observamos que no decorrer do salmo ele, em sua reflexão, compreende que Deus é soberano e que a sua avaliação não era correta a respeito de Deus, antes, Deus é justo, vê e julga todos os atos dos homens.

Em outro Salmos Davi questiona Deus: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido?” (Salmos 22:1).

Nesse outro caso também observamos que a sequência mostra que Davi em sua reflexão também encontra o equilíbrio em perceber que seu questionamento não era de todo correto perante o Senhor.

Ou seja, ele não faz um questionamento murmurador, mas um questionamento buscando entender melhor as coisas.

(3) Isso me leva a pensar que questionar a Deus é algo que o próprio Deus nos permite fazer, pois Ele compreende a nossa dor e a nossa pequenez por, em muitos momentos, não sabermos lidar com situações adversas.

Esse tipo de questionamento que nos aproxima mais de Deus, que nos leva em direção da compreensão daquilo que Deus quer ou está fazendo em nossa vida é um questionamento válido, pois ele não advém de um desejo de colocar em dúvida a grandeza, a soberania e todos os atributos de Deus, antes, vem de um desejo de compreensão da vontade de Deus que não nos parece clara em alguns momentos.

(4) Um dos grandes exemplos disso foi Jó. Veja um dos questionamentos de Jó a Deus: “Se pequei, que mal te fiz a ti, ó Espreitador dos homens? Por que fizeste de mim um alvo para ti, para que a mim mesmo me seja pesado?” (Jó 7:20).

O que observamos na história de Jó é que ele, mesmo com tantos questionamentos que estavam dentro do seu coração a respeito de toda a dor que passava, conseguiu encontrar respostas que o acalmaram e pode declarar isto a Deus:

“Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia (…) Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem” (Jó 42: 3,5).

O mais interessante é que em todo o livro de Jó não vemos Deus explicar nada a Jó, antes, Deus apenas lhe faz perguntas reflexivas que o levam para mais perto Dele, mesmo sem ele saber os porquês da sua provação.

Quando é errado questionar Deus?

(5) Mas, certamente, questionar a Deus para colocar em dúvida Sua grandeza, soberania, Seus atributos e propósitos de forma murmuradora e incrédula, não é um questionamento que agrada o Senhor.

Temos o exemplo do povo de Israel que questionou a Deus desta forma e colheram o desagrado Dele: “E por que nos traz o SENHOR a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito?” (Números 14:3).

Esse questionamento injusto, baseado na falta de fé, na falta de humildade e na falta do reconhecimento a respeito de tudo quanto Deus faz, fez esse povo ser barrado de entrar na terra prometida, por já haverem questionado a Deus de forma murmuradora por pelo menos dez vezes (Números 14:22).

Leia também: Qual a diferença entre orar, lamentar e murmurar?

(6) Isso nos mostra que esse tipo de questionamento contínuo em que a pessoa apenas coloca em dúvidas as ações de Deus como se Ele fosse um moleque, não é aprovado pelo Senhor.

Mas questionar a Deus de forma respeitosa ou de forma a tentar compreender os Seus desígnios não é pecado, desde que nos leve para mais próximos Dele, para mais perto da confiança em Seus planos e propósitos e não para questionamentos murmuradores, injustos e baseados apenas em uma situação isolada que estamos vivendo.

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