Parábola da figueira estéril versículo por versículo. Eu não acho frutos, pode cortá-la!
Você Pergunta: Presbítero, já que está aceitando sugestões de parábolas para explicar em sua série, eu gostaria de sugerir a parábola da figueira estéril, que não dava fruto havia 3 anos. Quais seriam as lições dessa parábola? O que me chama a atenção é que a árvore não foi cortada, mesmo não dando frutos por todo esse tempo!
Sabemos que uma das marcas fortemente ensinadas a respeito de Deus nas Escrituras é a sua misericórdia. Porém, a misericórdia de Deus não dura para sempre! Sim, é o que a Bíblia diz. O juízo de Deus põe fim a esse tipo de misericórdia que Deus tem com pecadores que não se arrependem!
A passagem que vem antes da parábola da figueira estéril mostra Jesus ensinando seus discípulos sobre a importância do arrependimento. Eles viam algumas tragédias que haviam acontecido em seu tempo como juízo direto de Deus sobre pessoas piores do que as demais (era o que pensavam).
Mas Jesus corrige essa visão e declara: “Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” (Lucas 13:5).
Aqui aprendemos que a pior tragédia na vida de uma pessoa não é sofrer uma perda, uma tragédia ou uma enfermidade, mas sim viver sem arrependimento.
É nesse cenário que Jesus conta a parábola da figueira estéril, trazendo lições profundas sobre arrependimento, misericórdia e juízo de Deus.
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Parábola da figueira estéril explicada versículo por versículo
Lucas 13:6 – Uma figueira em plena capacidade de frutificar
“Então, Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou” (Lucas 13:6).
Aqui temos uma figueira plantada em uma vinha (plantação de uvas), um terreno naturalmente fértil, bem cuidado, com todos os nutrientes necessários para ela produzir fruto.
Esse detalhe mostra que não havia falta de condições externas: a figueira estava em plena capacidade de frutificar, mas não produzia nada. Ela estava em fase de frutificar, mas ano após ano falhava em produzir!
No aspecto espiritual, Jesus está ilustrando a realidade de pessoas que recebem todas as oportunidades de conhecer a Palavra, ouvir o Evangelho, experimentar a graça de Deus, mas que não apresentam frutos de arrependimento.
O problema não está na falta de condições, mas na resistência do coração humano em se render ao Senhor. A figueira representa aqueles que, apesar de todas as bênçãos e recursos, permanecem infrutíferos diante de Deus.
Lucas 13:7 – Cadê o fruto que deveria estar aqui?
“Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra?” (Lucas 13:7).
O dono da figueira mostra sua frustração: há três anos procurava frutos e nada encontrava. Isso demonstra uma expectativa já vencida, um tempo de paciência que parecia não valer mais a pena. Afinal, de que serve uma árvore que ocupa espaço sem cumprir seu propósito?
Espiritualmente, essa realidade aponta para o juízo do Senhor. Deus é paciente, mas não eternamente tolerante com a falta de arrependimento e com o homem ferindo sua santidade dia após dia!
Aquele que vive indiferente ao chamado de Deus está vivendo de forma inútil diante dEle, ocupando um espaço precioso sem trazer glória ao Senhor. Lembrando que o objetivo principal da vida de um homem deveria ser glorificar a Deus em tudo e se alegrar Nele!
Assim como o dono da vinha se indigna com a figueira infrutífera, o texto aponta para o juízo que virá sobre aqueles que rejeitam o chamado de Deus repetidas vezes.
Lucas 13:8 – A misericórdia do viticultor
“Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume” (Lucas 13:8).
A resposta do viticultor (aquele que cuida da plantação de uvas) revela a misericórdia e a paciência de Deus. Ele pede mais um tempo para trabalhar a árvore, adubá-la, regá-la e investir nela novamente.
Essa ação mostra que, embora o juízo seja justo e merecido, Deus ainda oferece oportunidades para mudança.
Esse viticultor aponta para Cristo, o intercessor que roga por nós e que continuamente investe em nossa vida, dando novas oportunidades de arrependimento e transformação. Ele morreu na cruz para nos salvar!
No entanto, esse “mais um ano” não deve ser visto como um prazo ilimitado, mas como uma chance de aproveitar a misericórdia de Deus antes que venha o tempo do juízo.
O texto mostra que Deus não apenas espera frutos, mas também age em favor da árvore, dando todas as condições para que ela mude sua realidade.
A responsabilidade, no entanto, continua sendo da própria árvore em responder ao cuidado recebido. O fruto do arrependimento verdadeiro precisa ser gerado! Como o Senhor disse em Apocalipse, ele está à porta e bate, precisamos abrir!
Lucas 13:9 – O tempo da colheita chegou
“Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la” (Lucas 13:9).
Aqui vemos a conclusão inevitável: a figueira terá uma última oportunidade, mas se não frutificar, será cortada. Essa é uma imagem clara do juízo final.
Deus deseja ver frutos de arrependimento na vida de cada pessoa. Quando não há frutos, significa que não houve resposta à graça, e então a justiça de Deus se manifesta.
É importante destacar que o juízo não vem antes da misericórdia; ele acontece depois de muitas oportunidades rejeitadas.
A frutificação, portanto, é a prova de uma vida transformada pela graça. Quem crê em Cristo não pode permanecer estéril espiritualmente, pois o arrependimento genuíno gera mudança de vida e obras que glorificam a Deus.
Conclusão
A parábola da figueira estéril é um alerta poderoso para todos nós. Ela nos lembra que Deus é paciente, misericordioso e dá oportunidades de mudança, mas também que o tempo de Sua paciência não é infinito.
O arrependimento é a única forma de não sermos cortados no juízo. Assim como aquela figueira tinha todas as condições de frutificar, nós também temos recebido de Deus Sua Palavra, Seu Espírito e Sua graça. A questão é: temos frutificado ou estamos vivendo apenas ocupando espaço inutilmente na vinha do Senhor?
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