Parábola da candeia verso por verso: Até o que pensa que tem será tirado!

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: Presbítero, estou gostando muito da série de explicações das parábolas versículo por versículo. Explica para nós a parábola da candeia, especialmente aquela parte que diz que “ao que não tiver, até aquilo que julga ter será tirado”. Nunca entendi bem essa parte. Deus abençoe seu trabalho!

A parábola da candeia, contada por Jesus logo após a parábola do semeador, está profundamente ligada à mensagem daquela anterior. Para compreendê-la, precisamos voltar pelo menos um versículo e entender o contexto

“A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra; estes frutificam com perseverança” (Lucas 8:15). 

Jesus deixa claro que a semente que cai num coração aberto frutifica e transforma a vida da pessoa. A parábola seguinte, da candeia, nos mostra que esses frutos não são para ser guardados ou escondidos, mas revelados ao mundo. 

Ela fala do aspecto público da fé verdadeira — aquela que nasce de um coração transformado e perseverante. O cristão que recebeu a Palavra e frutificou não deve esconder essa transformação, pois há um modo certo de expressá-la. 

É sobre essa manifestação, sobre a responsabilidade de quem recebeu a luz de Cristo e sobre o risco de desprezá-la, que trata essa poderosa e desafiadora parábola.

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Parábola da candeia explicada versículo por versículo

Lucas 8:16 – A luz que deve brilhar

“Ninguém, depois de acender uma candeia, a cobre com um vaso ou a põe debaixo de uma cama; pelo contrário, coloca-a sobre um velador, a fim de que os que entram vejam a luz” (Lucas 8:16).

A candeia era uma pequena lamparina usada para iluminar os ambientes escuros. Sua função era simples e indispensável: tornar visível o que está ao redor, na escuridão. 

Nos tempos modernos, poderíamos compará-la a uma lâmpada ou lanterna. Jesus usa essa imagem cotidiana para falar sobre o papel de seus discípulos no mundo. Ele mesmo declarou: 

“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (João 8:12). 

Mas também disse aos seus seguidores: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte” (Mateus 5:14).

Isso significa que a luz que brilha no cristão não é própria, mas refletida — assim como a lua reflete a luz do sol. A presença de Cristo em nós se torna visível nas palavras, atitudes e estilo de vida que revelam sua graça e verdade. 

Esconder essa luz seria como colocar uma lamparina debaixo de uma cama ou dentro de um vaso: ela perderia totalmente sua função. Da mesma forma, um cristão que se envergonha de sua fé ou a mantém escondida nega o propósito para o qual foi chamado.

A verdadeira fé não se limita ao espaço privado; ela deve ser colocada “no velador”, em evidência (no alto) para que todos vejam e sejam impactados com a obra que Deus fez e faz! 

O cristão é chamado a iluminar seu ambiente — família, trabalho, sociedade — com a presença e o caráter de Cristo. O mundo, mergulhado em trevas espirituais, precisa ver essa luz para ser ajudado a encontrar o caminho.

Lucas 8:17 – A verdade que expõe tudo

“Nada há oculto, que não haja de manifestar-se, nem escondido, que não venha a ser conhecido e revelado” (Lucas 8:17).

Aqui, Jesus aprofunda o ensino sobre a luz, mostrando sua consequência natural: ela expõe o que estava escondido pela escuridão. Há dois aspectos importantes nesse versículo:

O primeiro é o presente. Quando a luz de Cristo brilha na vida de seus servos, ela inevitavelmente revela o contraste com as trevas ao redor. A presença do cristão fiel denuncia o pecado e expõe a falsidade do mundo. 

Essa é uma das razões pelas quais o evangelho causa incômodo: ele não apenas anuncia salvação, mas também revela a realidade do coração humano.

O segundo aspecto é futuro. A plenitude dessa revelação acontecerá no juízo final. Nada permanecerá oculto para sempre. Tudo será trazido à luz diante de Deus, inclusive as intenções mais profundas e os segredos mais escondidos. Jesus já havia afirmado: 

“O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más” (João 3:19).

Isso significa que a vida cristã tem também uma função profética: ao refletir a luz de Cristo, ela se torna um testemunho constante contra as trevas. 

E quando o juízo vier, tudo o que estava escondido — pecados, intenções, motivações — será revelado. A luz tem esse poder inescapável: tornar visível o que antes estava “invisível”.

Lucas 8:18 – O perigo da ilusão

Vede, pois, como ouvis; porque ao que tiver, se lhe dará; e ao que não tiver, até aquilo que julga ter lhe será tirado” (Lucas 8:18).

Aqui está o ponto mais desafiador e, ao mesmo tempo, mais solene dessa parábola. Jesus começa com uma advertência: “Vede como ouvis.” Isso nos leva de volta à parábola do semeador. 

A semente que caiu em boa terra — o coração aberto e obediente — frutifica. O que tem, recebe mais. A fé que responde à Palavra (ouvida) com zelo e obediência é fortalecida e multiplicada. É nossa responsabilidade responder positivamente ao chamado de Deus e isso gerará frutos!

Mas há outro lado: “ao que não tiver, até aquilo que julga ter lhe será tirado.” Jesus está falando de pessoas que receberam a Palavra, mas não a valorizaram. 

Não cuidaram da semente, não permitiram que ela crescesse e frutificasse. Apesar disso, iludiram-se achando que possuíam algo. Viviam uma fé superficial, talvez baseada em tradições, aparências ou emoções passageiras.

Essa falsa segurança é extremamente perigosa. Na realidade, essas pessoas não têm nada, só uma ilusão que criaram — e, no juízo, essa ilusão será destruída. 

O que julgavam possuir (méritos, religiosidade, boas obras) será tirado, e sua nudez espiritual ficará evidente. Jesus alerta que a fé verdadeira exige entrega e zelo. Não basta ouvir; é preciso frutificar.

O ensinamento é profundo: Deus acrescenta graça, entendimento e frutos àqueles que tratam sua Palavra com seriedade. Mas aos que a desprezam ou a tratam com descuido, resta apenas o vazio. A fé superficial não resiste à luz do julgamento.

Conclusão: a luz que transforma e o chamado à responsabilidade

A parábola da candeia não é apenas um convite à evangelização ou à boa conduta pública. É um alerta sobre a responsabilidade espiritual de quem recebeu a Palavra. 

A fé verdadeira não se esconde, não se limita ao particular — ela ilumina. A luz de Cristo em nós revela a verdade, expõe as trevas e convida ao arrependimento.

Por isso, Jesus conclui com um aviso severo: quem valoriza a Palavra receberá ainda mais; quem a despreza perderá até o que pensa ter. Não há meio-termo no Reino de Deus. A luz exige resposta — e essa resposta determinará nosso destino eterno.

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