A parábola das 10 virgens explicada versículo por versículo

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: Presbítero, das parábolas que Jesus contou, a que acho mais difícil de compreender é a que fala das 10 virgens. São tantos elementos e símbolos que fico um pouco perdida. Seria possível o senhor fazer um estudo detalhado, explicando cada símbolo e como essa parábola deve ser encarada em nossos tempos, as lições dela para hoje em dia?

Muitos cristãos já ouviram a parábola das dez virgens, contada por Jesus em Mateus 25, mas nem sempre compreendem todos os seus detalhes e símbolos.

Apesar de conter elementos familiares a nós, como noivo, azeite, casamento e virgens, é fundamental lembrar que Jesus usou o pano de fundo da cultura judaica de casamento, e somente compreendendo esse contexto podemos captar a riqueza da parábola.

Outro ponto essencial é o contexto em que ela foi narrada. O evangelista nos relata exatamente esse cenário:

“No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século” (Mateus 24:3).

Portanto, essa parábola não surge isolada, mas como parte da resposta de Jesus à grande questão dos discípulos sobre a sua segunda vinda e o fim dos tempos. Agora que entendemos o cenário, podemos mergulhar nos elementos da parábola.

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Explicação da parábola das 10 virgens versículo por versículo

“Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo” (Mateus 25:1).

Aqui temos Jesus começando a história e esclarecendo a semelhança dela com o que vai acontecer no reino dos céus, na concretização do seu plano. Os elementos da parábola servem, portanto, como comparação.

Lâmpada, aqui, é um tipo de lamparina abastecida com óleo. Esse óleo mantinha a chama acesa e permitia a realização de atividades noturnas em uma cultura em que havia pouca ou nenhuma iluminação à noite. Portanto, era um objeto fundamental e, claro, o combustível delas também o era!

O noivo é o personagem principal. Ele está a pouco tempo da realização de seu casamento, preparando-se para cumprir os rituais judaicos. Na parábola, ele representa claramente Jesus Cristo, o Messias que voltará para buscar os seus.

Esse detalhe nos ajuda a interpretar corretamente todo o enredo: não estamos falando apenas de um evento social, mas de um símbolo da volta gloriosa de Cristo para buscar sua Igreja. Nota-se também que haverá um encontro marcado entre o noivo e as dez virgens. Esse encontro é inescapável.

Mas, para compreender melhor essa parábola, precisamos entender como funcionava o casamento judaico.

Na parábola não se trata de poligamia, ou seja, um noivo casando-se com dez mulheres. É um noivo que iria se casar com uma noiva (que não é mencionada, pois na parábola ela não participa do simbolismo). O casamento judaico tinha três estágios:

  • Compromisso – geralmente firmado entre os pais do moço e da moça, um acordo inicial.
  • Noivado – oficializado em festa, com presentes à noiva como sinal de compromisso.
  • Casamento – quando o noivo sai em cortejo com seus amigos até a casa da noiva para levá-la à festa.

É justamente essa última fase que Jesus toma como referência. As dez virgens eram damas de honra ou amigas que fariam parte do cortejo. Portanto, pensar em um casamento polígamo seria descontextualizar a parábola e o costume judaico.

“Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo” (Mateus 25:2-3).

Agora a história revela o que está por detrás das dez virgens. Elas parecem todas iguais, mas não são. É importante observar que não eram as noivas, mas jovens amigas e acompanhantes da festa, preparadas para receber o noivo com as lâmpadas acesas e se alegrar na celebração do casamento dele.

Cinco delas eram prudentes: levaram suas lâmpadas com azeite suficiente, inclusive uma reserva.

Já as outras cinco foram imprudentes: saíram despreparadas, sem azeite extra. Essas dez virgens representam a igreja (e as pessoas do mundo) em geral.

Se você olha para a igreja (e as pessoas em geral) como um todo, pode pensar que todos são crentes verdadeiros. Mas não são. Assim como as dez virgens: parecem estar no mesmo nível, mas não estão. O encontro com o noivo revelará quem são as prudentes e quem são as néscias.

Mas o que era esse azeite que elas levaram? Apesar de muitos interpretarem o azeite das lâmpadas como uma representação do Espírito Santo, essa ideia não se sustenta dentro da parábola, pois não faria sentido afirmar que as virgens néscias possuíam “um pouco” do Espírito, já que sua presença é um selo pleno e definitivo na vida daqueles que pertencem a Cristo (Efésios 1:13).

Uma interpretação mais coerente é compreender o azeite como a fé genuína, continuamente sustentada pela graça de Deus e confirmada pela obediência do servo. Essa fé é intransferível e pessoal, o que explica por que, na parábola, não era possível compartilhar o óleo.

O fato de as virgens néscias terem algum azeite apenas reforça a ideia de que tinham aparência de crentes verdadeiros, mas, na realidade, não o eram.

“No entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas. E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram” (Mateus 25:4-5).

Agora fica ainda mais claro que as virgens prudentes tinham um diferencial: elas levaram azeite de reserva. Mas por que levaram? Porque estavam preparadas!

Elas tinham verdadeiro amor pelo noivo e fé nele, também anseio por esse encontro e por essa festa. Simbolicamente, isso aponta para uma fé ativa, sempre queimando!

Todas adormeceram. As dificuldades e o tempo difícil que se passa atingem a todos. Até mesmo os prudentes passam por provações que os testam. Mas, quando a voz do noivo chegar ao ouvido das prudentes, elas estarão preparadas para segui-lo, diferentemente das virgens néscias.

“Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas” (Mateus 25:6-7).

Meia-noite é um horário nada usual para um noivo estar em uma cerimônia de casamento! Aqui é usada para demonstrar o caráter surpreendente da vinda de Cristo. Será repentina, em momento que ninguém estará esperando.

Porém, as cinco virgens prudentes estão preparadas para esse encontro. O que vemos é que as dez virgens se levantam para o encontro, que é inescapável. Elas terão de encarar o noivo. Assim acontecerá com todas as pessoas! Mas sabemos que para as virgens imprudentes, esse encontro não será agradável!

“E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando. Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o” (Mateus 25:8-9).

Conforme já vimos, não há como transferir a fé salvadora para outra pessoa. Na parábola, essa impossibilidade é demonstrada claramente. Assim, com a segunda vinda de Cristo, não haverá segundas oportunidades. A porta da salvação estará fechada para sempre!

Isso é uma grande tormenta para os universalistas, que pensam que, no final, Deus vai salvar todo mundo. Não é o que essa parábola ensina!

“E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta!” (Mateus 25:10-11).

Para que ficasse bem clara a impossibilidade de salvação depois da chegada do noivo, isso é colocado de forma claríssima na parábola. Não há como empreender qualquer esforço para “comprar azeite” depois que as portas da salvação estão fechadas. Elas podem até tentar comprar, mas não conseguirão!

As bodas aqui representam o encontro de Cristo com a igreja verdadeira. É um tempo de festa, de alegria. É também um encontro exclusivo (fechou-se a porta), o que indica que somente estarão ali aqueles que são verdadeiramente servos do Senhor.

“Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mateus 25:12-13).

A dureza do noivo contra as cinco virgens néscias mostra sua indignação. Elas não eram inocentes! Elas pareciam algo que não eram! Quando o noivo diz que não as conhece, não está afirmando que não sabia quem elas eram, mas que elas não faziam parte daqueles que verdadeiramente tinham seu lugar reservado nessa festa! Elas não iriam entrar!

A parábola termina mostrando que é preciso vigiar. Nesse contexto, demonstra que os verdadeiros servos devem crer que o Senhor voltará e que devem estar, todos os dias, preparados para esse encontro!

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