Jesus não nasceu em 25 de dezembro e mesmo assim você comemora Natal?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
foto andre

Vamos começar 2026 estudando a Palavra juntos? Eu vou te acompanhar pessoalmente e você terá acesso ao meu método de ensino que já formou mais de 25 mil alunos, que aprenderam a Bíblia de Gênesis a Apocalipse com simplicidade e profundidade. Acesse aqui nesse link todos os detalhes

Você Pergunta: Presbítero, por que comemorar o Natal em dezembro, dia 25? Isso não é uma imposição pagã que os crentes estão aceitando, já que sabemos que Jesus não nasceu nesse dia? Gostaria muito de entender, pois não concordo muito com como os crentes têm usado essa data com origem pagã e relacionado-a a Cristo, como se ele tivesse nascido nessa data. Qual sua opinião?

Salomão disse algo bem interessante, usando sua vasta sabedoria e observando como as coisas funcionam neste mundo. Ele afirmou: 

“O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol” (Eclesiastes 1:9). 

Basicamente, ele está dizendo que não existem coisas absolutamente novas. As práticas se repetem, são copiadas, adaptadas, ressignificadas e ajustadas ao longo da história. 

Assim, tudo que fazemos e até possuímos tem algum tipo de influência que um dia esteve relacionada a algum pecado ou a algum pecador. 

Por exemplo: você comemora uma festa de aniversário? Qual a origem dela? Você usa uma aliança no dedo? Qual a origem dela? Você come um prato simples como arroz e feijão no almoço? Qual a origem desse alimento — será que já passou pelas mãos de alguém que o consagrou a algum demônio? Pode ser que sim!

Imagine você pesquisando a origem de tudo? Vai passar o dia investigando coisas como um louco! Não é assim que Deus estabeleceu a vida de seus servos!

Essas perguntas provocativas mostram que, se vivermos mergulhando apenas na origem de tudo, enlouqueceremos! Quando o assunto é Natal, muita gente “pira o cabeção”, como diz a gíria popular. 

Por isso, precisamos entender alguns pontos importantes antes de assumir conclusões equivocadas.

Inscreva-se em nosso canal (clique): https://m.youtube.com/andresanchez

Existe o natal na bíblia?

Muita gente pensa que o Natal só existe como tradição humana, mas biblicamente o “natal” existe sim — não como aniversário de Cristo, mas como acontecimento. Aniversário exige data, hora e registro histórico exato. 

O Natal não é o aniversário de Jesus como pensam alguns. O Natal é a celebração do acontecimento do nascimento do Salvador. O acontecimento está claro e registrado na Palavra de Deus em detalhes:

“é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:11).

Não existe fé cristã sem este evento glorioso: Deus se fez carne e habitou entre nós. O nascimento de Cristo é fato absoluto das Escrituras e, portanto, digno de lembrança e celebração.

Ah, mas tem que comemorar todos os dias o nascimento de Jesus! Sim, sem problemas, podemos comemorar todos os dias! Mas por que comemorar no dia 25 de dezembro seria um problema, então? Se você comemorar todos os dias, vai comemorar também nesse dia!

Por que comemorar no dia 25 de dezembro?

Essa pergunta sempre retorna, e muita gente tem dificuldades com a data. Então devolvo: por que não comemorar em 25 de dezembro? Qual seria o problema?

Todos os dias pertencem ao Senhor. Todo tempo é de Deus. Não existe, na Bíblia, nenhum dia que o diabo conseguiu roubar do Criador, porque:

“Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (Salmos 24:1).

 Se todo dia pertence ao Senhor, podemos usar qualquer dia para celebrar Seus feitos. Se alguém escolheu 25 de dezembro, nós temos liberdade, em Cristo, para consagrar esse dia ao Pai e lembrarmos, com alegria, que o Salvador nasceu.

A bíblia manda comemorar o nascimento de Cristo?

De fato, não há na Bíblia um mandamento dizendo: “Comemorai o nascimento de Cristo anualmente”. Porém, também não existe qualquer proibição de fazer isso. 

E mais: precisamos mesmo de um mandamento para honrar a Deus e nos alegrarmos por Suas obras? E ainda: tudo que pode ser feito precisa de um mandamento para poder ser feito? É óbvio que não!

Se analisarmos o comportamento dos anjos quando Cristo nasceu, vemos algo muito semelhante a uma comemoração celestial. Aqui temos um princípio de celebração! A Escritura registra:

“E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lucas 2:13-14).

Se anjos celebraram o nascimento do Salvador, por que nós não faríamos o mesmo? A alegria dos céus deveria inspirar a alegria da Igreja, de cada crente!

Mas e as origens pagãs de elementos natalinos?

Esse ponto costuma gerar grande confusão. Quando alguém diz: “O Natal é pagão!”, normalmente mistura elementos culturais, tradições populares e usos incorretos com a essência da celebração cristã. A Bíblia é clara:

“Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (Salmos 24:1).

A origem primeira e última de todas as coisas é Deus. Pagãos podem ter usado certos elementos para idolatria (e ainda usam), mas isso não significa que tais elementos pertencem a eles — pertencem ao Criador.

Se um pagão consagra um saco de arroz a um ídolo antes de colocá-lo no mercado, posso comprá-lo, consagrá-lo ao Senhor e comê-lo sem qualquer problema. A consagração feita a Deus é sempre maior do que a consagração feita a qualquer divindade falsa. Deus não é menos poderoso que os ídolos humanos.

Por isso, se existiram elementos culturais pagãos usados na antiguidade (ou na atualidade) por certos povos, não significa que os cristãos, ao celebrar o nascimento de Jesus, estejam participando dessas práticas.

Muito pelo contrário: ressignificamos tudo para a glória de Deus. Lembra do que Salomão disse? Não tem nada novo debaixo do céu, mas ressignificamos tudo para glória de Deus!

Imagine: Se os pagãos usam a música para o pecado, para rituais contrário a Palavra de Deus, não vou poder mais usar a música para glorificar a Deus? Percebe como esse argumento não faz sentido algum?

Quando observamos a pregação de Paulo no Areópago, em Atos 17, percebemos um princípio valioso para essa discussão: o apóstolo não rejeitou todos os elementos culturais dos gregos simplesmente por terem origem pagã; ao contrário, ele os ressignificou para anunciar Cristo. 

Paulo utilizou até mesmo um altar dedicado “ao Deus desconhecido” para revelar o Deus verdadeiro aos atenienses, mostrando que aquilo que antes fora usado de forma equivocada podia, nas mãos de um servo de Deus, tornar-se ponto de partida para o evangelho. Ele declarou: 

“O que adorais sem conhecer, é esse que eu vos anuncio” (Atos 17:23), demonstrando que o cristão tem liberdade e sabedoria para transformar símbolos culturais, retirando deles qualquer sentido anterior e direcionando-os para a glória do Criador. 

Isso reforça a ideia de que, mesmo que certos elementos tenham tido uso pagão, eles podem ser consagrados novamente e utilizados para a proclamação do Reino — exatamente como fazemos ao celebrar o nascimento de Cristo no Natal.

Liberdade cristã para celebrar com propósito santo

O cristão não vive com medo da criação de Deus. Vivemos em liberdade, sabendo que tudo o que Deus fez é bom. Quando celebramos o nascimento de Cristo — seja dia 25 de dezembro ou qualquer outro dia — fazemos isso para exaltar o Salvador. 

Celebramos com festa, com louvor, com gratidão; ressignificamos elementos; consagramos ao Senhor tudo o que temos e somos.

Se alguém no passado atribuiu significado maligno a alguma coisa, não tem poder para impedir que hoje essa mesma coisa seja usada para glorificar Deus. A luz vence as trevas. O Criador vence a criatura. A glória de Deus sempre se sobrepõe.

Por isso, no meu lar, Deus será glorificado em todas as datas possíveis, inclusive no Natal. Não porque 25 de dezembro seja sagrado, mas porque Jesus é digno de ser lembrado e celebrado todos os dias, inclusive nesse!

Você pode ler MAIS UM ESTUDO agora? Escolha um abaixo e clique:

Compartilhe este estudo:
  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn
  • WhatsApp