Por que Jó não teve o dobro de filhos na sua restauração?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: Presbítero, tem uma coisa que me intriga na história de jó. A Bíblia diz que Deus deu a ele tudo que possuía em dobro. Jó tinha sete filhos e três filhas (Jó 1:2), mas, depois que seus filhos morreram, Deus não deu o dobro de filhos. Em Jó 42:13, depois de Jó ser restaurado, diz que ele teve sete filhos e três filhas, ou seja, a mesma quantidade que tinha antes. Como devemos entender isso?

A história dramática de Jó sempre deixa o leitor impressionado pela forma como as coisas aconteceram. Além de perder bens e saúde, Jó também perdeu seus filhos, talvez a parte mais dolorosa de toda a sua provação:

“Também este falava ainda quando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa do irmão primogênito, eis que se levantou grande vento do lado do deserto e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre eles, e morreram; só eu escapei, para trazer-te a nova” (Jó 1:18-19).

Jó tinha 10 filhos, sendo sete filhos e três filhas (Jó 1:2) e todos morreram no mesmo dia! Diante de tudo isso, depois de ser aprovado pelo Senhor e passar por intensos momentos de luta, Deus o abençoou da seguinte forma:

“Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra” (Jó 42:10).

Mas será que Jó teve mesmo o dobro de tudo que possuía? Vamos analisar detalhadamente!

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O PATRIMÔNIO DE JÓ ANTES DA PROVAÇÃO

Logo no início do livro, a Bíblia descreve a grandeza do patrimônio de Jó: “Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente” (Jó 1:3).

Esse relato mostra não apenas a riqueza material de Jó, mas também sua relevância social e posição de destaque em sua região. Ele era, de fato, um homem abençoado em todas as áreas da vida. Mas, em um curto espaço de tempo, perdeu tudo: bens, empregados, saúde e filhos.

A RESTAURAÇÃO DE JÓ APÓS SUA PROVAÇÃO

Depois de sua fidelidade ser aprovada diante de tantas lutas, a promessa de Deus se cumpriu na vida de Jó: “Assim, abençoou o SENHOR o último estado de Jó mais do que o primeiro; porque veio a ter catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas” (Jó 42:12).

Se compararmos com o que Jó possuía antes, veremos claramente o dobro em cada item:

  • Antes: 7.000 ovelhas – Depois: 14.000 ovelhas
  • Antes: 3.000 camelos – Depois: 6.000 camelos
  • Antes: 500 juntas de bois – Depois: 1.000 juntas de bois
  • Antes: 500 jumentas – Depois: 1.000 jumentas

Na contagem dos bens materiais, Deus realmente deu a Jó o dobro de tudo. Isso mostra que o Senhor é fiel à Sua Palavra e recompensa aqueles que permanecem firmes. Mas você se lembra quantos filhos Jó teve depois de vencer sua grande provação?

Aqui surge a dúvida que intriga muitas pessoas. Se Jó tinha sete filhos e três filhas antes, por que, ao ser restaurado, não recebeu vinte filhos, mas novamente apenas sete filhos e três filhas? O texto bíblico registra: “Teve também outros sete filhos e três filhas” (Jó 42:13).

Será que Deus “errou na conta” ao abençoar Jó? De forma alguma! Vamos entender os motivos.

PRIMEIRO MOTIVO: FILHOS NÃO SÃO POSSES?

A diferença entre os bens e os filhos é clara no próprio texto bíblico. Quando fala dos animais, a Escritura diz que Jó “possuía” esses bens. Mas quando fala de seus filhos, o texto registra que “nasceram-lhe filhos”. Essa distinção é fundamental: animais, terras e riquezas podem ser vistos como posses, mas filhos não!

Filhos são dádivas do Senhor, pertencem a Ele em essência, e não podem ser tratados como meros números em um balanço material. Assim, não faria sentido dizer que Jó tinha que ter o “dobro de filhos” como se fossem bens a serem contados na mesma lógica das ovelhas ou camelos.

Essa é a primeira possibilidade que explicaria porque Jó não teve o dobro de filhos. Você acha que é condizente com o contexto? Vamos à segunda.

SEGUNDO MOTIVO: A PATERNIDADE NÃO SE PERDE?

Outro ponto essencial é que filhos permanecem filhos, mesmo após a morte. A paternidade não se anula! Jó continuava sendo pai dos dez filhos que haviam falecido na tragédia. Portanto, ao receber mais sete filhos e três filhas depois de sua restauração, Jó passou a ser pai de vinte filhos: dez já na eternidade e dez vivendo com ele na terra.

Isso mostra que Deus não errou em sua promessa. Pelo contrário, até mesmo se considerarmos os filhos de Jó como “posses” dele, a bênção foi completa e perfeita. Jó não tinha apenas dez filhos, mas vinte, porque os primeiros continuavam sendo seus filhos diante do Senhor.

Ao entendermos esse detalhe, percebemos que Deus age de forma muito mais profunda do que podemos imaginar. Enquanto pensamos apenas em números e contagens, o Senhor trabalha em dimensões eternas.

O que para muitos poderia parecer uma falha na promessa, na verdade, é a revelação de uma verdade espiritual: os filhos de Jó nunca deixaram de existir, apenas mudaram de condição, estando agora nos cuidados eternos do Senhor.

CONCLUSÃO: DEUS NUNCA ERRA EM SUAS PROMESSAS

A história de Jó nos ensina que a contabilidade de Deus não é como a nossa. Enquanto os homens contam apenas o que veem, Deus considera também aquilo que tem valor eterno. Filhos não são posses, mas bênçãos do Senhor, e mesmo que partam desta vida, continuam existindo diante d’Ele.

Portanto, podemos afirmar sem dúvida alguma: Jó recebeu o dobro de tudo. Seus bens materiais foram multiplicados por dois, e seus filhos, contados na perspectiva eterna, também estavam em dobro. A fidelidade de Deus se cumpre sempre, e Suas promessas jamais falham.

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