CONTRADIÇÃO: Jesus expulsou os mercadores do templo uma ou duas vezes?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta | Imprimir
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Você Pergunta: Estou estudando sobre a vida de Jesus e me deparei com os textos que falam sobre Jesus expulsar os mercadores do templo. Minha dúvida é se foram duas vezes que Jesus fez isso, pois a ordem dos acontecimentos está diferente na Bíblia. João relata esse acontecimento no começo do ministério de Jesus. Os outros relatam mais no final. São duas ocasiões diferentes ou estou entendendo errado?

Caro leitor, você está correto na sua observação. Em uma análise mais superficial, podemos observar que João relata essa ocasião da expulsão dos mercadores do templo logo no começo do ministério de Jesus, após o milagre da transformação da água em vinho, em Caná da Galileia (João 2:1-12).

João situa esse acontecimento na proximidade da Páscoa dos judeus, logo após o milagre da transformação de água em vinho: 

“Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém. E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas” (João 2:13-15).

Já no evangelho de Mateus, ele situa esse acontecimento após a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (Mateus 21:1-11), ou seja, na última semana de vida de Jesus:

“Tendo Jesus entrado no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam; também derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas” (Mateus 21:12).

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Jesus expulsou os mercadores do templo uma ou duas vezes?

(1) Nós temos defensores das duas possibilidades. Comecemos analisando aqueles que pensam que foi apenas uma vez que Jesus expulsou os mercadores do templo.

A maior dificuldade dessa interpretação é explicar o motivo de João ter colocado esse acontecimento no começo do ministério de Jesus, enquanto os outros relatos o colocam no final.

A explicação aqui seria que João não está fazendo aqui um relato cronológico dessa ocasião, mas uma inserção “entre parênteses”, ou seja, uma inserção com objetivo de mostrar as conexões entre esses acontecimentos (o primeiro milagre e o final da trajetória de Jesus em sua última semana em Jerusalém).

Como ponto positivo dessa interpretação, podemos levantar que existe uma similaridade muito grande das narrativas (de João e dos outros), que têm palavras parecidas, e a forma de agir de Jesus muito semelhante em todas as descrições. Para esses, não há dúvidas de que Jesus expulsou os mercadores do templo apenas uma vez.

(2) Mas temos aqueles que pensam que foram duas ocasiões diferentes, ou seja, Jesus teria expulsado os mercadores do templo em dois momentos diferentes.

A maior dificuldade dessa interpretação é explicar como não houve uma perseguição mais violenta contra Jesus já no início de seu ministério, já que essa atitude realmente foi chocante para o grupo religioso que dominava o templo naquela época.

Quem defende essa explicação explica que isso não teria ocorrido devido Jesus ter se retirado daquela região e ter vivido a maior parte de seu ministério na região da Galileia, longe da região de Jerusalém, onde ficava o templo. Ele fazia visitas esporádicas àquela região e elas se intensificaram apenas no final de seu ministério.

O ponto positivo dessa interpretação é que ela harmoniza o relato de João, colocando-o de forma mais natural como foi narrado, ou seja, em uma sequência temporal e não em um “parênteses” para fazer conexões que não são tão claras no texto.

Mas qual seria a melhor interpretação aqui, mais harmônica com o contexto?

(3) Não é tão simples escolher qual a melhor interpretação. As duas contêm explicações lógicas interessantes, que se encaixam no texto bíblico. Eu, pessoalmente, entendo que existe maior espaço para compreender que foram duas ocasiões diferentes.

Não faz muito sentido, a meu ver, que João tenha feito uma inserção desse tipo (entre parênteses), que pareceria muito solta ali no texto, sem muita conexão com o que foi tratado no contexto.

Além disso, com a retirada de Jesus para as regiões da Galileia, parece fazer sentido para mim que os ânimos se arrefeceram diante do que Jesus fez ali no templo, dando espaço para os religiosos se acalmarem. Mas tarde, claro, esses ânimos vão se acendendo novamente até culminar na forte perseguição e morte de Jesus!

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