O que são pecados fora do corpo em 1 Coríntios 6:18?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: Presbítero, gostaria de compreender o que seriam pecados cometidos fora do corpo, que Paulo menciona em 1 Coríntios 6.18? Existem pecados que são fora do corpo e outros que são dentro do corpo? Pode me dar exemplos e me explicar como isso funciona?

A carta de Paulo aos coríntios, especificamente no capítulo 6, trata com firmeza sobre o tema da impureza sexual. Corinto era uma cidade conhecida por práticas sexuais permissivas e até mesmo religiosas, com cultos pagãos envolvendo prostituição. 

Paulo, com autoridade de apóstolo de Cristo, direciona sua palavra à igreja, exortando-a a viver em santidade, mesmo em meio a uma cultura que banalizava a pureza sexual. O verso que causa mais dúvidas dentro desse contexto é este:

“Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo” (1 Coríntios 6:18).

No verso acima, Paulo usa um termo bem amplo para se referir aos pecados sexuais: “impureza”. A palavra grega usada por ele é “porneia”, traduzida no português como “impureza” ou “imoralidade sexual”.

Esse termo abrange todas as formas de atividade sexual fora dos parâmetros estabelecidos por Deus – ou seja, fora da aliança do casamento entre um homem e uma mulher.

Diante disso, Paulo ordena: “Fugi da impureza”. Ele não sugere resistência ou enfrentamento, mas fuga. O verbo está no imperativo (uma ordem a ser cumprida). Isso mostra a gravidade e o perigo desses pecados para a vida espiritual e física do cristão. 

Porém, o trecho que mais causa dúvidas nos leitores é: “Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo”.

O que Paulo quis dizer com isso? Existem pecados que são fora do corpo e outros que são dentro? Vamos entender!

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Pecados “fora do corpo”

Para compreender esse ensino de Paulo, devemos, primeiro, olhar para os pecados que ele chama de “fora do corpo”. É importante lembrar que Paulo não está dizendo que esses pecados são menos graves.

Todo pecado é grave diante de Deus. Mas ele está estabelecendo uma distinção em termos do envolvimento físico direto do corpo com o pecado.

Pecados como bebedices, glutonarias e feitiçarias, por exemplo, envolvem o corpo, mas de forma indireta. A bebida alcoólica, o alimento em excesso ou os rituais ocultistas são elementos que vêm de fora para dentro. São ingeridos ou praticados por influência externa, ainda que movidos por desejos internos.

Esses atos, segundo Paulo, afetam o corpo, mas não têm a mesma natureza de um pecado sexual, que é cometido diretamente com e no corpo.

Eles são chamados de “fora do corpo” porque têm uma origem externa, apesar de também contaminarem o interior do ser humano, sua alma também!

Esse tipo de explicação busca destacar algo, não menosprezar. Paulo está dizendo: “se esses pecados já são sérios, imagine um pecado que é cometido diretamente contra o próprio corpo, como a impureza sexual!”. Ou seja, ele está acentuando a gravidade, não criando uma hierarquia.

Pecados “contra o corpo”

Quando Paulo diz que “aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo”, ele está mostrando algo mais profundo e que deve ser pensado com especial atenção. 

O pecado sexual é cometido a partir de um desejo que nasce dentro da pessoa, e se concretiza diretamente através do corpo da pessoa, que “usa” ainda o corpo de uma outra pessoa. Ou seja, o corpo é o meio e o alvo direto desse tipo de pecado.

No contexto imediato da carta, Paulo está combatendo a ideia comum em Corinto de que o corpo é apenas uma “máquina de desejos”, e que o que importa mesmo é o espírito, que seria imaculado e separado da matéria. 

Essa filosofia dizia que o que se faz com o corpo não interfere na relação espiritual com Deus. Mas Paulo contradiz esse ensino completamente.

Ele afirma que o corpo do cristão é templo do Espírito Santo. Portanto, usá-lo para pecar sexualmente é uma forma de desonrar a Deus de maneira direta e intensa. É como trair o Senhor, desonrando-o fortemente!

Um exemplo claro citado por Paulo é o do homem que se une a uma prostituta: “Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne” (1 Coríntios 6:16). 

Aqui vemos a gravidade: a união sexual, mesmo que fora do casamento (dos laços de compromisso), cria uma ligação profunda – “uma só carne” – que Deus reservou para o casamento. Fora desse contexto, essa união é destrutiva e profana o corpo e a alma!

Portanto, o apetite sexual, quando mal direcionado, se torna um instrumento de pecado contra o próprio corpo e contra a relação espiritual com o Senhor. É uma escolha consciente que envolve diretamente a estrutura física, emocional e espiritual da pessoa.

A santidade do corpo do cristão

Paulo, então, reafirma a dignidade do corpo do servo do Senhor, dizendo: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1 Coríntios 6:19).

Fomos criados pelo Senhor e deveríamos usar tudo que ele nos deu para glorificá-lo! Por isso, usar o corpo para o mal é uma afronta ao Senhor!

E Paulo conclui: “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1 Coríntios 6:20).

Essas palavras não apenas reforçam a gravidade do pecado sexual, mas também exaltam a beleza da vida cristã consagrada. O corpo, que outrora era usado como instrumento do pecado, agora deve ser usado para glorificar a Deus!

Conclusão

O ensino de Paulo em 1 Coríntios 6:18 não minimiza os outros pecados, mas exalta o cuidado que devemos ter com o nosso corpo, especialmente no campo da sexualidade.

O pecado sexual é diferente porque atinge profundamente o corpo e a alma, distorce a imagem de Deus no homem e quebra princípios espirituais estabelecidos por Deus para a saúde, dignidade e santidade do ser humano.

Devemos, portanto, fugir da impureza. Isso implica escolhas práticas: fugir de ambientes que favorecem a tentação, evitar conteúdos que estimulam desejos fora da vontade de Deus, buscar apoio na Palavra e na comunhão com irmãos maduros na fé.

O corpo do cristão não é algo sem valor, é o templo do Espírito Santo. E se queremos viver para glorificar a Deus, precisamos cuidar bem desse templo em todas as áreas – inclusive na sexualidade.

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