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Por que Simão Cireneu foi obrigado a carregar a cruz de Cristo antes da crucificação?

Você pergunta: Eu tenho muita curiosidade de entender melhor a história de Simão, o Cireneu, que foi obrigado a carregar a cruz de Cristo. Por que ele teve de fazer isso? Não era o condenado que deveria carregar a cruz até o final como forma de punição pela condenação imposta a ele pelo império Romano?

Cara leitora, os momentos finais de vida de Cristo [1] foram muito intensos! E muitos personagens aparecem nos trazendo uma gama incrível de detalhes.

Vem comigo, vamos garimpar na Bíblia esses detalhes para entendermos bem essa história e todos os seus porquês.

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Por que Simão Cireneu, ajudou Jesus a levar a cruz?

(1) Três dos evangelistas narram sobre Simão Cireneu, sendo Mateus 27:32, Lucas 23:26 e Marcos 15:21, o qual veremos a seguir: “E obrigaram a Simão Cireneu, que passava, vindo do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar-lhe a cruz”.

Marcos é o mais detalhista, citando até mesmo os filhos desse Simão. Para reconstruirmos e compreendermos cada detalhe, veremos que o apóstolo João [3] indica que Jesus começou o caminho da crucificação carregando a própria cruz sozinho:

“Tomaram eles, pois, a Jesus; e ele próprio, carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, Gólgota em hebraico” (João 19:17).

(2) Isso nos leva à pergunta: por que Simão Cireneu entrou na história? Para entender isso, precisamos olhar um pouco o contexto anterior: “Então, Pilatos, querendo contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás; e, após mandar açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado” (Marcos 15:15).

Sim, Jesus apanhou muito, recebeu muitos açoites e, além disso, antes de percorrer o caminho de onde estava até o local da crucificação, ainda recebeu mais violência dos guardas: “Davam-lhe na cabeça com um caniço, cuspiam nele e, pondo-se de joelhos, o adoravam” (Marcos 15:19).

(3) Essas informações nos ajudam a entender que Jesus começou a caminhada carregando a pesada cruz, porém, bastante debilitado pela violência que sofreu, que não foi pequena.

Claro, os soldados perceberam que ele estava muito violentado, machucado e debilitado. Como o objetivo era que a morte se desse na cruz, pela crucificação, não seria aceitável que o prisioneiro morresse no meio caminho, isso traria problemas aos guardas.

É aqui que entra Simão Cireneu, que estava passando por ali e é escolhido em meio aos que estavam ali perto. Será que ele tinha um bom porte físico e por isso foi escolhido?

Talvez ele pudesse ter chegado perto por curiosidade e avaliado com uma boa pessoa para ajudar Jesus a carregar a cruz. Foi ali que os guardas o obrigam a carregar a cruz, ajudando o Cristo sofredor!

(4) Não temos muitos detalhes sobre esse homem, mas é possível que esse encontro tenha feito dele um cristão. Afinal, por que Marcos o citaria por nome e ainda citaria seus filhos também por nome?

Quando Marcos cita “Simão cireneu… pai de Alexandre e de Rufo” parece estar querendo falar de alguém que foi conhecido de seus leitores, parece querer identificá-lo aos seus leitores!

Teria Simão se convertido depois de ajudar a Cristo levar sua cruz? Teria virado um cristão fervoroso e conhecido, juntamente com seus filhos?

São coisas possíveis! Alguns, inclusive chegam a pensar que o Rufo citado por Paulo em Romanos 16:13 possa ser o filho de Simão Cireneu, porém isso é só uma especulação que não tem como ser provada!

Por fim, a informação mais clara que temos dele, vem da palavra Cireneu. Isso não é um sobrenome, mas a cidade de onde ele era, Cirene. Cirene era capital da Cirenaica, um distrito da Líbia. A Líbia, por sua vez, era um país localizado no norte da África, a oeste do Egito. Hoje corresponde a região onde fica parte de Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia e Egito.