Posso me divorciar por não achar mais graça na mulher?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
Se você fizesse uma análise dos seus últimos 6 meses de vida, você acha que está indo bem em seus estudos da Bíblia ou precisaria melhorar um pouco (ou quem sabe melhorar muito)?

Eu sou o Presbítero André Sanchez, autor desse site, que já tem mais de 2000 estudos. Eu ajudo pessoas a entender de verdade e com facilidade a Bíblia inteira, de Gênesis a Apocalipse. E o que você precisa?

APENAS ter 1h30 minutos por semana, o que dá 15 minutos por dia mais ou menos. Você tem esse tempo? Mas precisa ter mais uma coisa: um CHAMADO de Deus no coração para melhorar, para crescer no conhecimento da Palavra!

Se você tem essas 2 coisas, eu quero te convidar a fazer parte de um movimento de estudo bíblico que já tem mais de 35 mil pessoas participando! É o Método Texto na Tela, que te ajudará a conhecer a Bíblia de capa a capa, de Gênesis a Apocalipse!

Diga sim para Deus, diga sim para o chamado do Senhor! Nada acontece por acaso. Não é por acaso que você está aqui!

Acesse agora o link com todos os detalhes desse material, pois pode sair do ar a qualquer momento - ACESSAR DETALHES (Clique aqui)…

divórcio de crentes, motivos para divórcio, divórcio, Bíblia#VocêPergunta: Gostaria que você me explicasse para eu poder entender melhor o que estou lendo. Em Dt 24. 1, fala que o homem pode devolver a mulher ou mandá-la embora se não achar graça em seus olhos ou achar coisa indecente nela. Mas a Palavra não diz que separação é só por adultério? O que seria esse não achar graça ou achar coisa indecente?

Bom, primeiramente, vamos ver o que diz o texto que você cita: “Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa…” (Dt 24. 1)

Antes de responder diretamente as suas perguntas é importante dizer que o divórcio não agrada a Deus, mas Ele o permitiu por causa da dureza do coração do ser humano. “Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio.” (Mt 19. 8). É importante dizer também que essa “permissão” não é uma licença para que as pessoas saiam por aí se divorciando. O divórcio é a última opção e, ainda assim, é algo totalmente terrível na vida de um casal, já que mostra que os dois, ou pelo menos um, mantém um coração duro. Deus odeia o divórcio (Ml 2. 16).

Assim, no texto que você citou não temos, portanto, Deus incentivando o divórcio, mas provendo uma forma de proteção para solucionar a questão de uma melhor forma diante Dele e da sociedade. Dito isto, vamos analisar o texto:

“Dt 24:1- Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa…”

O texto citado trata de um divórcio permitido por existir na mulher “coisa indecente”. Esse termo provavelmente signifique algo vergonhoso ou imoral. Deus nunca permitiu o divórcio por motivos fúteis. Assim, podemos inferir que seja algum tipo de conduta gravíssima. No entanto, não há como precisar o que é exatamente esse termo. A única coisa que é certa é que ele não se refere ao adultério, já que a pena da lei para o adultério no Antigo Testamento era a morte, o que, nesse texto, não é orientado. (Lv 20. 10)

A sequência desse texto mostra a seriedade com que o tema foi tratado. Quando Deus manda dar a mulher um “termo de divórcio”, busca regularizar a situação provocada pelo casal perante a sociedade. Era um documento oficializando aquela dureza de coração; era algo sério. O detalhe desta lei é que depois de separados, era proibido voltarem a se casar, o que pode indicar que Deus requeria seriedade na decisão da questão. (Dt 24. 4)

Ainda com relação ao divórcio, temos um texto de Jesus que diz: “Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.” (Mt 5:32). Alguns apontam esse texto para sustentar que divórcio é só em casos de adultério, porém, a questão é definir o termo “relações sexuais ilícitas”. O termo grego usado aqui por Jesus é “porneia” e indica uma ampla gama de pecados sexuais e atos indecentes e vis. Jesus não usou aqui a palavra grega “Moicheia” (adultério), o que pode nos indicar que ele tenha em mente outra coisa, além do adultério. Talvez a fala de Jesus aqui seja algo relacionado à “coisa indecente” de Dt 24.1, mas não sabemos ao certo.

Paulo também fala sobre essa questão. Ele diz sobre a possibilidade de divórcio entre um cristão que foi abandonado por um não-cristão. “Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz.” (1Co 7. 15)

Aqui ficam alguns questionamentos: Que tipo de comportamento de um não-cristão caracteriza o abandono (apartar-se)? Quais motivos seriam validos diante de Deus para o crente aceitar esse abandono de seu esposo (a) não-cristão e divorciar-se?

A questão é bem complexa e está longe de ser resolvida de forma simplória.

Por exemplo: Imagine que uma mulher cristã é casada com um não-cristão. Esse homem é violento, possessivo e a agride. Ela já tentou de tudo e tem sido agredida de forma cada vez mais violenta e assustadora. Essa mulher deveria permanecer casada? O marido não a traiu e, por causa disso, ela deve ficar casada e sendo humilhada e agredida?

Os motivos fúteis são rejeitáveis para o divórcio, mas e esses motivos como o citado acima? São válidos?

São questões que, em minha opinião, devem ser bem avaliadas para que não se coloque um peso nas costas das pessoas que Deus não deseja.

Você pode ler MAIS UM ESTUDO agora? Escolha um abaixo e clique:

Compartilhe este estudo:
  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn
  • WhatsApp