Judas, o traidor, pode ter sido salvo por Jesus Cristo?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: Presbítero, seria possível que Jesus tenha salvado Judas? Ele traiu Jesus, porém, depois ele ficou muito mal por ter feito isso! Sei que muita gente que diz que ele foi condenado, mas fico pensando que ele chegou a ser apóstolo! Será que Jesus teve misericórdia da vida de Judas? Como podemos interpretar isso corretamente dentro da Bíblia? 

Quem me acompanha há algum tempo já percebeu que não gosto de estar no lugar de quem “determina” se alguém foi salvo ou não. Isso porque entendo que somente Deus tem todas as informações sobre uma pessoa e é capaz de determinar salvação ou condenação!

No entanto, temos alguns casos na Bíblia que apontam com clareza a salvação de pessoas e a condenação de outras. 

Por exemplo, podemos citar a galeria de heróis da fé, mencionada em Hebreus 11. Não há como pensar que as pessoas ali citadas tenham sido condenadas, sendo apresentadas como homens e mulheres que tiveram uma fé verdadeira no Senhor! Ou seja, estamos diante de salvos de verdade!

Mas como poderíamos encaixar Judas em toda essa questão? Seria possível que Jesus tivesse usado de misericórdia para com ele e o salvado, apesar de sua traição? Judas, afinal, era um dos doze apóstolos. Isso não contaria a seu favor?

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O que as ações de Judas demonstraram?

Um dos textos mais importantes para começarmos essa análise está em Mateus 27. Após trair Jesus, Judas teve uma reação:

“Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo:” (Mateus 27:3).

A primeira observação fundamental aqui é a diferença entre remorso e arrependimento. O texto não diz que Judas se arrependeu; ele sentiu remorso. Essa distinção é crucial à luz da Bíblia. O remorso é um sentimento de culpa e tristeza por algo que foi feito, mas não implica em mudança de coração diante de Deus. 

Já o arrependimento bíblico verdadeiro é acompanhado por confissão, humildade, mudança de atitude e uma volta sincera para Deus.

Vemos esse contraste de maneira clara ao compararmos Judas com Pedro. Ambos erraram gravemente. Pedro negou Jesus três vezes. No entanto, Pedro chorou amargamente, buscou o perdão de Jesus e foi restaurado. Judas, por outro lado, apenas sentiu culpa, tentou resolver com suas próprias mãos e, dominado pela tristeza, tirou a própria vida.

O remorso que Judas sentiu pode ser comparado ao que muitos sentem após fazerem algo errado — uma dor emocional, mas sem conversão verdadeira. Por isso, a Bíblia não nos apresenta Judas como alguém arrependido e quebrantado diante do Senhor.

A Bíblia mostra Judas de forma negativa e o associa à perdição

Outro ponto muito revelador sobre o destino de Judas é como a própria Bíblia o apresenta após a traição. No livro de Atos, ao falar sobre a substituição de Judas entre os apóstolos, temos o seguinte:

“para preencher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se transviou, indo para o seu próprio lugar” (Atos 1:25).

Esse versículo traz informações espirituais fortes. Primeiramente, diz que Judas se transviou, ou seja, abandonou o caminho, saiu do propósito de Deus. Ele negligenciou seu chamado, desprezou seu ministério e trilhou o caminho da perdição.

Além disso, a expressão “indo para o seu próprio lugar” parece sugerir que Judas foi para um destino já determinado, condizente com suas escolhas e sua rejeição ao Senhor. Isso é reforçado em outro texto-chave, agora nas palavras do próprio Jesus:

“Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura” (João 17:12).

Aqui, Jesus afirma que nenhum dos discípulos se perdeu, exceto Judas, a quem Ele chama de “filho da perdição”. Essa é uma expressão fortíssima. Ela aparece apenas duas vezes no Novo Testamento, e na outra ocasião é usada para se referir ao anticristo (2 Tessalonicenses 2:3). Isso mostra o grau de separação espiritual em que Judas se encontrava.

Além disso, o texto deixa claro que sua perdição cumpria um plano profético, mas isso não o isenta da culpa ou das consequências espirituais de suas ações. Ele foi responsável por suas escolhas.

Judas era um apóstolo, mas isso não garantiu sua salvação

Uma das grandes dúvidas que muitos têm é: como pode alguém que foi apóstolo de Jesus acabar condenado? Isso não prova que ele foi salvo em algum momento?

Na verdade, ser usado por Deus, estar próximo de Jesus ou fazer parte de um ministério não é sinônimo de salvação. A Bíblia mostra que Deus pode usar até pessoas ímpias para cumprir Seus propósitos, sem que isso represente salvação (lembremos do Rei Ciro).

Jesus mesmo disse que, no fim dos tempos, muitos dirão: “Senhor, Senhor! Porventura não profetizamos em teu nome?” E a resposta será: “Nunca vos conheci” (Mateus 7:22-23). O critério para salvação não é o cargo ou a atuação na obra, mas o relacionamento verdadeiro com Deus, que se expressa em arrependimento, fé e obediência.

Judas caminhou com Jesus, ouviu seus ensinamentos, presenciou milagres, mas nunca teve um coração verdadeiramente rendido. Isso se confirma quando lemos que ele era o tesoureiro do grupo, mas roubava do dinheiro que ali havia (João 12:6). Ou seja, sua vida estava longe de ser íntegra diante de Deus.

Conclusão: A Bíblia aponta que Judas foi condenado

Apesar de não ser nosso papel definitivo julgar o destino eterno de alguém, a Bíblia nos dá fortes indícios de que Judas não foi salvo. Ele não se arrependeu verdadeiramente, foi chamado de filho da perdição por Jesus, e seu destino foi descrito como um lugar separado do povo de Deus.

Judas teve remorso, mas não arrependimento. Ele desprezou seu chamado, desviou-se do caminho, e seu fim foi marcado por tragédia espiritual e emocional.

A história de Judas é um alerta para todos nós. Ela nos lembra que proximidade com o ambiente religioso não garante salvação. O que Deus busca é um coração quebrantado e arrependido. E a boa notícia é que todo aquele que verdadeiramente se arrepende e crê no Senhor Jesus é perdoado e salvo!

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