Por que Jesus veio trazer divisão até entre pais e filhos?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: Gostaria de entender melhor a fala de Jesus sobre ele ter vindo trazer divisões dentro das famílias, em Mateus 10:35, até mesmo entre pais e filhos! Isso não vai contra os textos que mandam haver união, haver amor dentro de casa, haver um cuidado entre os entes da família? Pode me ajudar a entender essa questão?

É verdade que a Bíblia valoriza profundamente a harmonia familiar. Cuidar dos entes queridos é um dever que não pode ser negligenciado. O apóstolo Paulo afirma com clareza: 

“Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1 Timóteo 5:8). 

Essa verdade bíblica mostra o quanto Deus preza pelo cuidado com os familiares e, claro, uma harmonia saudável dentro do lar!

Além disso, as Escrituras também tratam da importância de um lar equilibrado e da sabedoria em lidar com as dinâmicas familiares. O livro de Provérbios, por exemplo, diz: 

“Melhor é morar no canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa” (Provérbios 21:9). 

Esse versículo nos mostra como a convivência conturbada dentro do lar não é agradável e deve ser evitada.

Diante dessas orientações claras sobre a importância da paz e do cuidado dentro de casa, como entender, então, a forte declaração de Jesus em Mateus 10? 

Ele disse: “Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra. Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa” (Mateus 10:35-36). 

Será que o mesmo Jesus que pregou o amor e a reconciliação veio para causar brigas dentro das famílias? Teria ele se tornado um causador de conflitos familiares?

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O evangelho e suas consequências dentro do lar

Para entender corretamente essa fala de Jesus, precisamos partir de um princípio essencial: Jesus exige prioridade absoluta na vida daquele que o segue. 

A relação com Cristo está acima de qualquer outra, inclusive dos laços familiares. O próprio Senhor explicou: 

“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim” (Mateus 10:37).

O que Jesus está dizendo não é que devemos desprezar nossos pais ou filhos, mas que o amor a Ele deve ser maior do que qualquer outro.

Isso significa que, em situações de conflito entre seguir a Cristo ou agradar familiares, o cristão deve escolher a fidelidade a Jesus. Isso, evidentemente, não exclui o cuidado dentro do lar e nem o amor que devemos aos familiares!

A divisão que Jesus menciona em Mateus 10 não se refere a uma briga gratuita ou a uma provocação desnecessária. Ele não está incentivando filhos a desobedecerem pais ou esposas a discutirem com seus maridos. 

O que Ele está apontando é a realidade de que o evangelho, ao entrar em uma casa, inevitavelmente causa reações. Muitas vezes, essas reações são de rejeição e não de harmonia.

Imagine o seguinte cenário: em uma casa onde ninguém conhece Jesus, um dos membros se converte sinceramente. Ele começa a viver com novos valores, buscando santidade, afastando-se de práticas pecaminosas comuns na família, como mentiras, idolatria, festas mundanas, ou outros hábitos que não agradam a Deus. O que ocorre? Esse convertido, ao se posicionar por Jesus, acaba expondo — ainda que sem querer — o pecado dos demais. É aí que surgem as divisões.

Muitas famílias preferem conviver com um parente problemático, mas “igual a todos”, do que com alguém que agora vive em Cristo e rejeita o estilo de vida anterior. 

Em certos casos, um alcoólatra pode ser mais bem aceito na casa do que alguém que se entregou ao Senhor Jesus. É uma inversão de valores, revelando o quanto o coração humano, quando longe de Deus, resiste ao evangelho.

Essa divisão é, portanto, fruto da resistência humana à luz que Jesus traz. Jesus não cria a confusão. O que gera conflito é a oposição natural entre a luz de Cristo e as trevas do mundo. 

Quando alguém se converte, é como se acendesse uma luz forte em um cômodo onde todos estavam acostumados à escuridão. A luz incomoda.

Cristo sabia que isso ocorreria. Por isso, nos advertiu: “Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa” (Mateus 10:36). 

Ele nunca prometeu um evangelho fácil, cheio de aplausos. Pelo contrário, alertou seus seguidores sobre as hostilidades que viriam — inclusive dos mais próximos.

O evangelho e Jesus não são a causa da desordem

É importante deixar claro que essa divisão causada pelo evangelho não é sinônimo de desordem ou caos familiar. Jesus não veio para pregar o “quanto pior, melhor”. 

O ideal seria que todos os membros de uma família se rendessem a Cristo, construindo um lar cristão, piedoso e harmonioso. Isso, sim, seria o melhor dos cenários!

Mas Jesus, como Mestre verdadeiro, não escondeu dos seus discípulos que, muitas vezes, a realidade seria outra. Haveria confrontos. O seguidor de Cristo precisaria se posicionar, mesmo que isso causasse desconforto. Por isso, Ele não apenas fala da divisão, mas mostra que, mesmo nela, há fidelidade e bênção para quem O coloca em primeiro lugar.

Portanto, ao ler a passagem de Mateus 10:35-36, não devemos pensar que Jesus é contra a paz no lar. O que Ele denuncia é o conflito inevitável entre quem se rende a Deus e quem rejeita o Senhor. 

Essa rejeição se manifesta, muitas vezes, dentro de casa. O cristão, porém, é chamado a manter o amor, a mansidão e a paciência, mesmo sendo rejeitado.

Se a sua fé em Jesus causou conflitos com sua família, não se desespere. Você não está em pecado por isso. Essa divisão é prevista e até profetizada por Cristo. Seu papel é continuar firme, em amor, sendo testemunha viva da graça de Deus. E orar — orar muito — para que sua família também experimente essa graça.

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