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O que significa o levirato na Bíblia? Ele ainda é praticado hoje em dia?

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Você Pergunta: Estou estudando as leis de Moisés e me deparei com as regras sobre o levirato. Mas não entendi muito bem porque a mulher viúva era obrigada a se casar com o cunhado. Ela não tinha escolha? Qualquer era o objetivo dessa lei, que me parece ser injusta para a mulher?

Cara leitora, o levirato de fato é uma lei mencionada dentro da Bíblia em diversas ocasiões. Porém, para enrtendê-lo bem, devemos pensar com a mente de alguém que vivia naquela época!

Se pensarmos no levirato, aplicando sobre ele os princípios que vivemos em nossa sociedade atual, certamente terecemos dificuldades de enentendê-lo. Por isso, vamos entendê-lo dentro do contexto e você verá que faz sim sentido como era feito naquela conjutura!

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O que significa o levirato na Bíblia?

(1) A primeira menção sobre o levirato na Bíblia aparece em Gênesis 38:1-10. Er era casado com Tamar, mas era um homem perverso, e a Bíblia diz que Deus o fez morrer (Gênesis 38:7).

Então, Onã, irmão de Er, foi chamado a cumprir o levirato: “Então, disse Judá a Onã: Possui a mulher de teu irmão, cumpre o levirato e suscita descendência a teu irmão” (Gênesis 38:8).

Em linhas gerais, o levirato era praticado quando ocorria a morte de um marido que ainda não tinha filhos homens com sua esposa.

Cabia a um irmão não casado ou a algum parente mais próximo que estivesse disponível, casar com a viúva.

O detalhe é que no levirato o filho que nascesse dessa relação era considerado legalmente como filho do falecido.

O levirato na lei de Moisés

(2) Mais tarde o levirato aparece complementado com algumas regras na lei de Moisés, com alguns detalhes adicionais interessantes:

a) Provavelmente temos aqui uma orientação de que somente um irmão solteiro pudesse, caso o irmão casado morresse sem filhos homens, casar com a viúva [3]:

“Se irmãos morarem juntos, e um deles morrer sem filhos, então, a mulher do que morreu não se casará com outro estranho, fora da família; seu cunhado a tomará, e a receberá por mulher, e exercerá para com ela a obrigação de cunhado” (Deuteronômio 25:5).

b) Apenas o primeiro filho desse casamento seria considerado como sendo do falecido: “O primogênito que ela lhe der será sucessor do nome do seu irmão falecido, para que o nome deste não se apague em Israel” (Deuteronômio 25:6)

c) Esse irmão poderia recusar casar-se com a viúva, mas isso deveria ser informado aos líderes anciãos da cidade e representava um ato de grande vergonha para ele (Deuteronômio 25:7-10).

Outros casos de levirato na Bíblia

(3) Um outro caso na Bíblia onde temos o levirato sendo praticado com algumas variações é na história de Rute. Rute tinha um marido chamado Malon, que faleceu (Rute 1:5).

Quando chegou a Israel [5], encontrou Boaz, que era um parente de seu marido (Rute 2:1). No entanto, antes de Boaz, existia um outro parente mais próximo que deveria exercer o papel de resgatador na família.

Mas esse resgatador não quis resgatar as propriedades e cumprir o levirato para com Rute, o que fez com que Boaz fosse o resgatador e também cumprisse o levirato:

“Então, Boaz disse aos anciãos e a todo o povo: Sois, hoje, testemunhas de que comprei da mão de Noemi tudo o que pertencia a Elimeleque, a Quiliom e a Malom; e também tomo por mulher Rute, a moabita, que foi esposa de Malom, para suscitar o nome deste sobre a sua herança, para que este nome não seja exterminado dentre seus irmãos e da porta da sua cidade; disto sois, hoje, testemunhas” (Rute 4:9-10)

Levirato no Novo Testamento

(4) A única menção que nos dá pistas sobre o levirato no Novo Testamento [6] é na mesma história registrada em Mateus 22:23-28, Marcos 12:18-23 e Lucas 20:27-33, onde os saduceus [7] testam Jesus perguntando sobre uma mulher que ficou viúva por sete vezes e o levirato foi cumprido por seis irmãos:

“perguntaram-lhe: Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se morrer o irmão de alguém, sendo aquele casado e não deixando filhos, seu irmão deve casar com a viúva e suscitar descendência ao falecido…” (Lucas 20:28).

Não temos mais menção nenhuma do levirato a partir daqui, o que nos faz crer que ele foi sendo cada vez menos praticado até desaparecer.

(5) Dessa forma, finalizamos entendendo que o levirato foi praticado principalmente com o objetivo de manter as posses dentro das próprias famílias, como uma espécie de proteção familiar contra pessoas de fora que pudessem casar com viúvas sem filhos e se aproveitar do que o falecido marido tinha conquistado, além, claro, da questão de ser dada descendência em homenagem ao falecido que morreu sem filhos.