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Jefté realmente sacrificou sua filha a Deus ou ela permaneceu viva?

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Você Pergunta: Lendo na Bíblia a história a respeito do juiz Jefté, fiquei com muitas dúvidas se Jefté sacrificou realmente sua filha em holocausto a Deus. Você poderia me dar uma luz nesse assunto? Alguns dizem que ele apenas não a deixou casar-se mais. Será que Deus aceitaria um sacrifício humano? Como podemos entender melhor essa história de Jefté?

Caro leitor, esse é um caso bastante drástico descrito na Bíblia e que precisa ser analisado com todo o cuidado para entendermos corretamente cada detalhe dessa história. Vamos fazer isso agora?

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Jefté sacrificou sua filha a Deus?

(1) No relato bíblico podemos observar que Jefté era filho de Gileade com uma prostituta (Juízes 11:1). Por esse motivo ele foi rejeitado pelos seus irmãos e expulso de sua casa (Juízes 11:2).

Jefté, após ser expulso, foi morar em outra terra e se ajuntou com homens de má índole (Juízes 11:3). Mas ele tinha certo valor diante de algumas pessoas de seu povo, pois, quando os amonitas se ajuntaram contra Israel, ele foi chamado para ajudar a derrotá-los (Juízes 11:6).

Jefté, então, é colocado como líder do povo de Israel e do exército para lutar contra os amonitas (Juízes 11:11).

(2) Podemos observar na narrativa que Jefté respeitava o Senhor e buscava conversar com o rei dos amonitas para conseguir tirar dele a ideia de guerrear:

“Não sou eu, portanto, quem pecou contra ti! Porém tu fazes mal em pelejar contra mim; o SENHOR, que é juiz, julgue hoje entre os filhos de Israel e os filhos de Amom” (Juízes 11:27). Mas o rei dos amonitas não ouviu os argumentos de Jefté, antes, se preparou para lutar contra Israel (Juízes 11:28).

A promessa de Jefté a Deus

(3) É dentro desse contexto que Jefté faz uma promessa a Deus: “Fez Jefté um voto ao SENHOR e disse: Se, com efeito, me entregares os filhos de Amom nas minhas mãos, quem primeiro da porta da minha casa me sair ao encontro, voltando eu vitorioso dos filhos de Amom, esse será do SENHOR, e eu o oferecerei em holocausto” (Juízes 11:30).

Evidentemente esse foi um voto tolo, pois em toda a Bíblia observamos que Deus não aceita sacrifícios humanos em Seus altares, antes, Deus deu leis de como deveriam ser feitos os holocaustos e em nenhuma delas é aceito uma pessoa como oferta queimada em sacrifício.

Jefté, provavelmente, se baseou em atitudes de povos pagãos, achando que poderia fazer esse tipo de voto ao Senhor. O fato de Jefté ter tido vitória nessa batalha não valida o voto que ele fez! Deus quis dar a vitória, mas não por causa de voto algum, pois era um voto contrário á sua Palavra!

Temos aqui um texto descritivo, que descreve como aconteceu. A simples descrição do que ocorreu não significa que Deus se agradou disso!

Leia também: O que significa o sacrifício de holocausto e como era feito? [5]

(4) Jefté saiu vitorioso dessa batalha contra os amonitas (Juízes 11:32-33) e, ao chegar em casa, a primeira pessoa que lhe saiu ao encontro foi sua filha:

“Vindo, pois, Jefté a Mispa, a sua casa, saiu-lhe a filha ao seu encontro, com adufes e com danças; e era ela filha única; não tinha ele outro filho nem filha” (Juízes 11:34).

E logo ao encontrá-la Jefté lamenta o voto que fez! Porém, quem ele esperava encontrar? Outra parente? Observe como a atitude dele é tola nesse voto!

“Quando a viu, rasgou as suas vestes e disse: Ah! Filha minha, tu me prostras por completo; tu passaste a ser a causa da minha calamidade, porquanto fiz voto ao SENHOR e não tornarei atrás” (Juízes 11:35).

A filha de Jefté realmente foi morta em sacrifício?

(5) A filha de Jefté, erroneamente, aceita o voto do pai e solicita a ele que permita que ela chore por dois meses o fato de não poder constituir família (Juízes 11:37).

Assim que a filha de Jefté volta, ao invés dele ter refletido mais sobre seu voto absurdo e sobre o que a Lei de Deus dizia a respeito de sacrifícios humanos, Jefté prefere seguir os costumes pagãos da região onde morava e sacrifica a filha em holocausto.

Isso reflete claramente o que o próprio livro de Juízes relata sobre as pessoas que estava vivendo nessa época: “Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto” (Juízes 21:25).

O texto não nos dá detalhes de como foi feito o sacrifício, mas deixa claro que ela morreu segundo o voto feito pelo pai: “Ao fim dos dois meses, tornou ela para seu pai, o qual lhe fez segundo o voto por ele proferido; assim, ela jamais foi possuída por varão…” (Juízes 11:39)

(6) Alguns entendem que o trecho da Bíblia onde diz “assim, ela jamais foi possuída por varão” (Juízes 11:39) teria sido uma forma de Jefté “burlar” o cumprimento do seu voto e Jefté a teria deixado viva, porém, sem casar.

No entanto, a narrativa mostra claramente que Jefté “fez segundo o voto por ele proferido (Juízes 11:39), ou seja, a ofereceu em sacrifício de holocausto. Não temos qualquer evidência forte no texto que mostre a menina permanecendo vida.

Ela jamais foi possuída por varão porque morreu. É a consequência lógica do cumprimento do voto de Jefté! Tal voto foi tão absurdo contra a moça, que em Israel havia uma homenagem a ela:

“…Daqui veio o costume em Israel de as filhas de Israel saírem por quatro dias, de ano em ano, a cantar em memória da filha de Jefté, o gileadita” (Juízes 11:39-40)

É importante ressaltar que esse é um texto descritivo. A Bíblia não esconde os erros de seus personagens! O texto descreve o que ocorreu sem fazer um juízo de valor.

Fica para o leitor a função de analisar se aquilo estava ou de acordo com as leis de Deus. Sabemos que não estava. Jefté cometeu um assassinato e também outros pecados descritos na lei do Senhor!