João e Maria tinham ido visitar sua avó no sitio. O lugar era lindo, eram as férias que eles desejavam. Além de rever a amada avó podiam aproveitar as delícias da fazenda.
João, após chegar e se instalar, pegou seu estilingue e foi para perto do lago, pois gostava de testar sua pontaria. Ele tentava atirar nos pássaros que ali pousavam para beber água, mas sempre errava. Então, se contentou em atirar as pedras com o estilingue na água, vendo as ondas que a pedra fazia.
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Já cansado da brincadeira, João voltou para a casa, mas no caminho viu um pequeno pato perto da casa. Preparou uma pedra, mirou e atirou. Em cheio! Ele achava que ia errar como das outras vezes, mas dessa vez acertou o pobre patinho em cheio, e este acabou morrendo.
João ficou desesperado com seu ato. Mas, felizmente, somente a irmã tinha visto. João, então, pegou o patinho e escondeu. Ele e a irmã ficaram quietinhos, sem falar nada para a avó sobre o ocorrido.
A avó, então, chamou os dois netos para o almoço. Assim que todos acabaram, a avó chamou Maria para ajudá-la na arrumação da mesa e da louça. A menina, esperta, disse a avó:
– O João me disse agora há pouco que quer arrumar tudo para a senhora, vó!
A avó achou a situação estranha, mas João confirmou balançando a cabeça após a irmã gesticular que iria contar sobre a morte do patinho para a avó.
Depois de ter arrumado tudo, João foi brincar novamente e, dessa vez, queria que sua avó fosse com ele até o lago pescar. A avó lhe respondeu que precisava voltar logo para descascar um saco de milho, pois iria ter pamonha fresca no jantar.
A irmã de João, imediatamente, disse a avó:
– Vamos pescar nós duas, vó, o João me disse que vai descascar o milho para a senhora.
A avó olhou para João e ele fez sinal que sim, que faria o trabalho. Então, as duas foram pescar no lago.
Após o jantar, a louça da janta estava lá. João já previa que sobraria tudo para ele novamente, então, resolveu chamar a avó e contar tudo que tinha feito.
– Vó, quero te contar uma coisa.
– Pode falar, meu amor!
– Ontem, sem querer, eu matei o patinho com uma estilingada. Eu achei que ia errar como sempre errei na pontaria, mas acabei acertando ele. Fiquei com medo e escondi o corpo dele para a senhora não ver. Estou arrependido, vó, me perdoa?
A avó se abaixou, olhou nos olhos dele, abraçou-o e lhe disse:
– João, eu já sabia que você tinha matado o pato! Eu estava na janela e vi como tudo aconteceu! Eu te perdoou, meu amor.
– Mas vó, por que você não me disse nada? A Maria está me fazendo de escravo, me chantageando por causa desse segredo e eu estava aceitando essa situação.
– João, eu queria ver até onde você aceitaria que sua irmã te fizesse como escravo por causa do erro que você cometeu.
– Mas, vó, por quê?
– Filho, o diabo, nosso inimigo também age assim. Ele tenta nos escravizar por causa dos nossos pecados não confessados. Ele nos traz tristeza e dor porque ficamos reféns dele. Mas lembre-se: Deus está na janela e sempre vê todas as coisas que acontecem e está disposto a perdoar quando há arrependimento e confissão. Por isso, não deixe que o diabo, da mesma forma que sua irmã fez, te escravize. Quando errar, vá até Deus e se liberte do peso de todos os seus pecados.
“Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Isaías 55:7)