Transexual “crucificada” na parada gay: Qual deve ser a atitude do cristão diante disso?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta | Imprimir
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Alguns dias atrás tivemos a parada gay, evento que acontece todos os anos em São Paulo. Nesse evento, homossexuais marcham em prol daquilo que acham correto, numa forma de chamar a atenção da sociedade para a causa que defendem. Mas, dessa vez, muito chamou a atenção de todos o fato de uma transexual (Indivíduo que deseja viver sob uma identidade de gênero diferente da designada em seu nascimento) chamada Viviany Beleboni, de 26 anos, ter representado Cristo em uma crucificação simbólica.

Nas imagens a transexual aparece de braços abertos numa cruz, quase nua, e acima da cruz, são citadas as seguintes palavras “Basta, Homofobia, GLBT”. Cristãos ficaram estarrecidos com a cena, ofendidos. Pastores famosos amaldiçoaram o ato. Vi, inclusive, um que ameaçava que Deus iria fazer cair fogo do céu sobre eles. Pastores políticos discursaram nas casas de leis repudiando o fato e exigindo punição a quem fez isto. Mas será que essas são as atitudes que um cristão deve ter diante de tal fato?

Gostaria de compartilhar alguns motivos pelos quais não me sinto ofendido com tal ato realizado na parada gay pela transexual “crucificada” e trazer o que a Bíblia ensina ao cristão de como agir diante de tais fatos e situações.

Transexual “crucificada” na parada gay: Qual deve ser a atitude do cristão diante disso?

Transexual “crucificada” na parada gay: O que fazer sobre isso?

(1) Uma cruz de madeira é um símbolo para os cristãos? Sim. Porém, símbolos nada mais são que representações de alguma coisa. Não são a própria coisa. A cruz é mais do que duas astes de madeira cruzadas. A cruz é a obra vicária de Cristo. Logo, não há motivo para se escandalizar com o ato realizado pela transexual, pois aquela cruz usada nada é senão madeira; o ato de Cristo realizado em nosso favor se sustenta com ou sem aquele símbolo de madeira usado. Nós reformados não adoramos símbolos sagrados, por isso, mesmo que cuspam na cruz, queimem Bíblias, destruam templos, a nossa fé não é destruída com essas coisas, que fazem sim parte da nossa vida cristã, mas não são um fim em si mesmo. Adoramos o que está acima dessas coisas e desses atos. Jesus permanece sendo o Rei dos reis e Senhor dos senhores, mesmo que um milhão de transexuais simbolicamente se preguem em cruzes para tentar profanar a Deus. Por isso, não me ofendo pelo ato realizado na parada gay.

(2) Manifestações públicas de grupos devem ser vistas com cuidado. Nem sempre aquilo que vimos em manifestações representam 100% daquilo que se faz ali. Será que a crucificação da transexual teve qual objetivo? Chamar a atenção para o preconceito contra os gays na sociedade? Talvez algum grupo político querendo aparecer na grande mídia para que sua mensagem tenha mais alcance? Ou mesmo uma forma da própria transexual aparecer na mídia para divulgar o próprio trabalho? Ou ainda como forma de provocação aos grupos religiosos contrários a causa gay? Não sabemos ao certo! O fato é que alguns cristãos se sentiram provocados e, por sua reação irada contra os fatos, contribuíram ainda mais para que o objetivo da parada fosse divulgado para ainda mais longe. Evidentemente que muitos grupos viram negativamente o protesto feito na parada gay, o que pode ter sido um tiro que saiu pela culatra.

(3) Obviamente, ver uma transexual “crucificada” representando Cristo em uma cruz não é a visão que eu gostaria de ver em uma manifestação democrática. Porém, como cristão, fui ensinado pelo Mestre dos mestres a encarar as provocações e as perseguições de uma forma espiritual madura, que reflete numa atitude madura. Jesus, ensinou, dentre diversas coisas, que “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:10). Também disse que se eu tivesse um inimigo deveria agir da seguinte forma: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mateus 5:44). A Bíblia ainda me ensina que eu devo agir bondosamente para aquele que de alguma forma se opõe a mim: “Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça” (Romanos 12:20). O que me constrange são alguns ditos líderes, inclusive políticos cristãos, buscarem por força de leis “resolver” esse tipo de situação. Sabemos que por lei nenhum coração humano pode ser convertido. Ainda que haja uma lei para que não haja manifestações desse tipo publicamente, elas ainda acontecerão (e acontecem todos os dias) nos corações de quem não encontrou a Deus.

(4) Jesus Cristo sabia exatamente o que iria sofrer para cumprir a Sua missão. Foi traído pelos religiosos de Seu povo, foi condenado injustamente, foi maltratado, ferido, cuspido e pregado em uma cruz, sendo o filho de Deus e sem ter culpa. Jesus sim poderia ficar escandalizado, irado, exigir o respeito e temor que todos deveriam ter diante Dele, mas diante daqueles que executaram contra ele grandiosas ofensas, Jesus não se virou para os ofensores, mas para Deus e disse: “Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). É exatamente esse tipo de atitude que Deus espera de Seus seguidores. Devemos nesse momento olhar para Deus em favor daqueles que ainda não o conhecem verdadeiramente, inclusive a transexual “crucificada” na parada gay.

(5) É muito interessante notar que provocações e perseguições acontecem desde o início do cristianismo. Jesus disse aos Seus discípulos: “Antes, porém, de todas estas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome” (Lucas 21:12). Não iriam faltar situações desafiadoras para os discípulos de Jesus. O mais interessante é que Jesus não mandou seus discípulos criarem leis para barrar as perseguições, nem que ficassem assombrados, perplexos, nem escandalizados, antes, após a Sua morte, Jesus apareceu aos discípulos e mandou: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28:19). Por isso, não me escandalizo com a transexual crucificada na parada gay, antes, devo orar e trabalhar dentro de minhas possibilidades para que Deus transforme aqueles corações e se tornem discípulos de Cristo. Esse deve ser o agir do cristão, ser pacificadores e pregadores do evangelho da paz.

(6) Ainda que eu viesse a ficar ofendido de alguma forma pela grosseria com que provocaram a fé que ando, isso não seria motivo suficiente para travar uma guerra contra esse grupo. Eu perderia a razão e iria contra a palavra de Deus, que diz: “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6:12). A luta é espiritual e deve ser lutada no campo espiritual. O que passa disso é distração que não edifica nada.

(7) Em sã consciência não posso querer que quem não conhece a Deus haja de acordo com aquilo que Deus espera. A transexual “crucificada” na parada gay só demonstra como ela e os seus apoiadores estão distantes do Senhor e como precisam de nossas orações e ações de aproximação, já que devemos ser sal e luz. O tempo em que eu poderia estar escandalizado, prefiro dedicar em oração por essas vidas, pois não sabem o que fazem, não tem objetivos corretos agindo daquela forma, não estão andando pelo caminho reto, mesmo que estejam buscando direitos estão buscando lutando o mau combate.

E você, o que acha desse assunto, como devemos lidar com o ato da transexual “crucificada” na parada gay?

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